Mesmo não havendo motivos para pânico, pois de acordo com as autoridades sanitárias o caso do primeiro paciente com Zika, está sob controle e fora de risco, é preciso redobrar o cuidado na eliminação de criadouros do Aedes Aegypti, pois os períodos de infestação do mosquito são cíclico.

Coletiva de imprensa para informar sobre o primeiro caso de Zika Vírus, em Laranjeiras do Sul e esclarecer a população.
Coletiva de imprensa para informar sobre o primeiro caso de Zika Vírus, em Laranjeiras do Sul e esclarecer a população.

Durante coletiva à imprensa, realizada na manhã desta quarta-feira (24), o secretário de Saúde de Laranjeiras do Sul, Fabiano Popia, acompanhado do diretor da 5ª Regional de Saúde do Paraná, Márcio Brunsfeld de Oliveira, expôs o quadro completo das doenças Dengue, Microcefalia e Zika Vírus, todas com origem no Mosquito Aedes Aegypti, sendo que desta última, foi confirmado oficialmente o primeiro caso no município, nesta terça-feira. De Microcefalia, não há nenhuma suspeita, apenas duas gestantes com notificações de suspeita de Dengue, que estão sendo monitoradas.

De acordo com o médico pediatra, Paulo Peres, um bebê de seis meses, que apresentava inicialmente, os sintomas clássicos da Dengue, foi notificado vindo a confirmar que estava com Zika, após exames laboratoriais realizados pelo Lacen – Laboratório Central do Estado do Paraná. “A criança que é de localidade que manteremos em sigilo, recebeu todos os cuidados e está sendo devidamente acompanhada, fora de qualquer risco”, assegurou o pediatra, que não descarta a possibilidade da criança ter adquirido o vírus da mãe que viajou antes de seu nasciemnto, o que segundo ele, é difícil confirmar, uma vez que nesse caso, o ciclo da doença já passou. “Trata-se de uma doença nova em estudo, e que não é possível afirmar, nem descartar algumas hipóteses. Esse caso está controlado. Mas é preciso que a população siga em alerta”, reforça o médico.

Números, focos e ações

O secretário Popia atualizou os números de notificações no município, que hoje está em 55, e destes, quatro casos de Dengue confirmados. A partir das notificações que é a suspeitas de que um paciente apresentando sintomas semelhantes ao da Dengue, foram realizados 55 fumacês nas localidades/bairros onde residem essas pessoas. Também já foram dados como negativos, 17 dessas suspeitas, o que também ajuda as equipes no planejamento e ações intensivas explica Popia. “O elevado número de notificações significa que nossos agentes de endemia, reforçados pelos agentes de saúde, somando hoje 85 pessoas em ação, estão agindo rápido e não deixando de notificar todos os casos que apresentem alguma identificação com a doença.

O secretário disse ainda que os bairros Cristo Rei, Monte Castelo e Água Verde, são onde foram constatado maior foco do mosquito. Mas que as atenções se voltaram intensivamente a essas áreas, e que o poder público tem contado com apoio satisfatório das entidades, restando ainda fazer com que a população se some integralmente ao combate. “Já estamos na terceira fase de campanha contra o mosquito que causa essas três doenças, Dengue, Zika e Microcefalia. Ainda recebemos constantes denuncia de despejamento de lixo nas Avenidas Santos Dumont e Álvaro Natel de Camargo, por exemplo”, lamenta o secretário, acrescentando que a intervenção do poder público, mandando fazer a limpeza de terrenos baldios particulares, considerados focos (com cobrança posterior), ainda está em análise jurídica, mas que está sendo aplicado multa de R$ 188 por foco.

Pontos estratégicos

De acordo com a equipe sanitária, são 52 pontos estratégicos, que são monitorados permanentemente, sendo estes: ferros velhos, oficinas mecânicas, locais onde se armazene lixo e borracharias, principalmente os não cobertos. Houve ainda a perfuração de grades e manilhas, onde ficava água parada. As ações com fumacê, seguem sendo feitas e as solicitações de vigilância podem ser feitas pelo telefone 3635 4903.

Uso de repelente em crianças

Uma das preocupações dos pais, conforme destacou o pediatra Paulo Peres, é quanto ao uso de repelentes nas crianças. Ele alerta que até aos seis meses não se deve usar nenhum tipo, que entre o 7º mês e dois anos, é possível usar uma loção repelente (com fabricante único no mercado), e que a partir dessa idade, existem diferentes tipos, mas que não devem ser usados mais de duas vezes por dia. “O mais seguro é vestir a criança com roupas que cubram o corpo, evitando que o mosquito ataque”, ressaltou.

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