AS CICATRIZES DA DESASSISTÊNCIA

Robson Sumenssi é filho e neto de assentados, tem 17 anos, nasceu em acampamento (hoje Assentamento Ireno Alves), é estudante de terceiro ano do ensino médio na Escola Estadual do Campo Iraci Salete Strozak e sonha em cursar jornalismo. Além de falar com a propriedade de um jovem filho da Reforma Agrária sobre o tema, sua coluna quinzenal no Portal de Notícias Comcafé, tem a função de experimento em sua área de interesse profissional.

Já faz muito tempo que a Reforma Agrária vem sofrendo com a falta de assistência pelo poder público, que há anos, simplesmente fecha os olhos, invés de resolver as questões que tanto prejudicam assentados e assentamentos.

Uma das mazelas mais visíveis e graves que assolam os assentamentos é a qualidade das estradas, que estão em péssimas condições, há muito tempo, e prejudicam o dia a dia das pessoas. A alegação da prefeitura é de que falta verba para as estradas, pois segundo a mesma, são dezessete mil quilômetros para cuidar e no caso dos assentamentos, o INCRA – Instituto Nacional da Reforma Agrária, não estaria repassando a verba necessária para a manutenção das mesmas (pois os assentamentos, pela lei, são de responsabilidade do INCRA ).

Outro problema que afeta e muito é a falta de apoio na área da produção, pois não apresenta nenhuma forma de incentivo. Fazendo com que os assentados tenham poucas opções de gerar renda em suas propriedades. As principais formas são : produção leiteira, arrendamento de terra e trabalhar em outros lugares.

Dentre esses, o principal é a produção leiteira. Economicamente mais viável e que garante renda mensal aos produtores. Outra forma muito utilizada é o arrendamento, pois os produtores não tem condições econômicas de fazer a plantação, então recebem um valor para que outro possa plantar.

No final das contas, a grande verdade é que permitiram a vinda para a terra (lote) más não se preocupam em dar auxílio aos agricultores, também não se preocupam com uma estrutura mínima como arrumar estradas, apoiar as escolas do campo, garantir uma saúde de qualidade, etc, que pode não parecer, mas são tão necessária à nossa população de assentados.

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