Carregar e descarregar caminhões é o trabalho diário de um grupo organizado de mulheres de Laranjeiras do Sul

O Trabalho é duro e as vezes o tratamento voltado para o gênero, as chateiam. “Mas a vida de quem veio da roça nunca foi mole e têm crianças para cuidar.”

Ediane, Sirlei,  Marilei, Márcia e Marciane, enquanto descarregam o a 3ª carreta de areia da manhã.

O dia de um grupo de mulheres que trabalha com carga e descarga de caminhões, começa cedo. As 5h da manhã, já estão em pé, mesmo tendo ido dormir tarde, enquanto cuidam de suas casas, filhos e articulam por telefone, o trabalho do dia seguinte com os motoristas de carretas e caminhões que estão chegando na cidade.

Para formalizar o trabalho, abriram uma micro empresa já há 18 anos, da qual a Ediane é responsável e faz questão de que todas usem uniforme com a identificação da empresa. “É importante porque na verdade a gente é discriminada por fazer um trabalho assim. As vezes ao entrarmos com a roupa suja numa loja e pensam que vamos roubar ou evitam nos atender, achando que não vamos comprar. Então, com o uniforme, a gente é identificada, pelo menos.” Conta Ediane, que afirma não considerar mais o que faz, um trabalho tão pesado. “Já  estamos tão acostumadas com esse ritmo, que já levamos pouco tempo para ganhar nosso honesto dinheirinho e viver em paz”, diz.

Essas mulheres são Ediane, sua mãe Sirlei e suas companheiras de muitas lutas,  Marilei, Márcia e Marciane. Pois além de terem o êxodo rural como história em comum, também moram no mesmo bairro, de forma que outras relações se entrecruzam. Entre elas, são comadres, amigas, cuidadoras dos filhos umas das outras e se alguma coisa acontece com alguma, todas ajudam.

 

 

 

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