Col. Gildo mantém qualidade de ensino e atende comunidade com mais 1 turma de Magistério

Mesmo com as dificuldades enfrentadas pelos professores no Estado do Paraná, a vocação fala mais alto e os futuros professores encaram o desafio.

Turma cheia com quase 70 alunos.

A turma do primeiro ano do magistério já estava com perto de 70 alunos, e a orientação do Estado, por meio do Núcleo Regional de Educação (NRE), era de que fossem distribuídos nos demais cursos, existentes no Colégio Estadual Professor Gildo Aluísio Schuk. A tentativa foi feita, mas os alunos se mantiveram decididos que queriam magistério e que ficariam no aguardo da abertura de mais uma turma, uma vez que estavam em número suficiente. Na última semana, a resposta do NRE foi positiva e todos estão comemorando a formação de mais um grupo de professores que logo estará a serviço da sociedade.

Mayara Jungles de Andrade

De acordo com o diretor Elcio De  Bona, foi por meio do esforço da equipe pedagógica, direção, professores, administrativo, auxiliares de dos próprios alunos que se mantiveram firmes, que a ampliação de mais uma turma para o Magistério foi garantida aos estudantes que não querem outra opção de curso, e sim, iniciarem-se na carreira de professor. O Col. Gildo é o único no município a ofertar essa formação em nível médio, formando educadores que começam como estagiários e vão galgando caminhos para a formação superior, em Educação. “A ex-chefe do Núcleo, Eliza G. Silva, que agora é secretária de Educação no município, foi importante nessa intervenção, pois vivencia hoje a necessidade da atuação dos estudantes do magistério como estagiários, principalmente na Educação Infantil. Ela defendeu a abertura dessa turma e isso nos ajudou”, destacou Bona.

Daniel de Oliveira Kwapis

Quando o diretor menciona a importância de todos pela ampliação da turma, explica que a acolhida aos alunos do magistério é diferenciada e tem  apoio especial, inclusive das cozinheiras que preparam almoço para aqueles que estão em estágio e precisam almoçar no Colégio, por morarem longe. “Até ano passado, tínhamos 90 que precisavam almoçar. Pelo levantamento que fizemos agora, esse número sobe para 110”, conta o diretor.

“Pela minha idade, comecei a fazer o Ceebja. Mas parei, optando por começar do início, pois concluí que gosto mesmo é de trabalhar com crianças”, diz a jovem Mayara Jungles de Andrade (23), que diz ter consciência dos desafios da profissão e do seu papel pela melhoria da educação. “O que desanima um pouco é saber que a gente coloca os governantes no poder e eles não ouvem o que a população pede, em relação à educação como em outras áreas. Mas penso que a luta por melhorias faz parte”, completa.

Já Daniel de Oliveira Kwapis (18), diz que tem muita vontade de conviver com crianças e poder contribuir com o desenvolvimento delas e por isso não desistiu da escolha. “Eu já tinha mudado de curso, depois de fazer dois anos de Educação Geral, porque não quero fazer outro curso. A gente sentiu que a o Colégio lutou pela abertura dessa turma, então fico feliz pois acredito que isso também é um ensinamento de que devemos lutar por aquilo que queremos”, conta o estudante, observando que a família o apoiou na decisão.

Thábata Gabriela Pieta

Já Thábata Gabriela Pieta (15), Também inciante no magistério, conta que nunca teve dúvidas sobre o que queria. ” Sempre admirei o trabalho de uma prima que foi professora. Daí conheci minha colega que também tem esse sonho de ensinar e o compartilhamos desde cedo, pois acreditamos que a solidariedade e hábito de se apoiar é algo importante em qualquer tempo e a profissão  do magistério é uma carreira boa, pois sempre serão necessários bons professores.

As responsáveis pela merenda, Marinete Maia e Cleci Ghilardi contam que é preciso organização diária para que aqueles alunos que não têm tempo de irem para casa almoçar, por fazerem estágio, recebam almoço e que não haja desperdício. ” todos os dias, as pedagogas ou os responsáveis pela turma passam a lista informando quantos ficarão para almoçar”, conta Cleci. “Não vemos como trabalho extra e sim como uma oportunidade de ajudá-los. o que importa é a alegria de vê-los bem alimentados, prontos para aprender”, complementa Marinete.

Responsáveis pela merenda, Marinete Maia e Cleci Ghilardi

Os professores  Claudia Motta e Eclair Dias Fernandes falaram da importância da abertura da nova turma pelo colégio, oportunizando que os alunos façam valer suas escolhas. “Muito importante que mais professores se formem”, disse Eclair. “Sem dúvidas, ver essa turma insistindo, que querem ser professores, mesmo num momento que nossa categoria enfrenta grandes desafios, nos enche de orgulho e responsabilidade com a formação deles”completa Claudia.

 

Professores Claudia Motta e Eclair Dias Fernandes.

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