Com exclusividade no transporte escolar privado “Tio Clarito” se manifesta sobre reclamações de pais, em reunião do Comutran

Diante da impossibilidade de fiscalização permanente (apenas dois fiscais no quadro público municipal), a sugestão do Comutran é de que reclamações sejam feitas à ouvidoria da prefeitura pelo número (42) 3635 8100 ou diretamente ao órgão pelo (42) 3635 8124.

Reunião do Comutran, com participação de representantes do transporte escolar privado.

Dentre outros assuntos tratados na reunião ordinária do  Comutran – Conselho Municipal de Transito de Laranjeiras do Sul, na manhã desta terça-feira (21),  diretores e equipes que atuam  na empresa de transporte escolar privado, Tio Clarito, exclusiva no segmento em Laranjeiras do Sul, participaram, tanto em resposta a matéria veiculada por Comcafé, no último dia 17 de agosto, como à menção feita pela vereadora Eva Rochi, na sessão desta segunda-feira (20) na Câmara de Vereadores do município.

Mesmo não estando na pauta da reunião do Comutran, o vice-presidente, vereador Nei Becker e o secretário Jackson Franzoni abriram a palavra para que os representantes do transporte coletivo se manifestassem, após veiculação de matéria com relatos de descontentamento de pais, com os serviços prestados.

Os representantes da empresa Tio Clarito, garantem que, todas as crianças são transportadas de acordo com as normas do Conselho Nacional de Transito e que, as variações nos horários de entrega e busca são em comum acordo com escola e pais. “As vans que atuam por bairros para facilitar o acesso às escolas, tem diferentes capacidades. Mas até as monitoras são contabilizadas e os bebês de até seis meses, usam o bebê conforto”, assegurou Claiton Albuquerque de Jesus, um dos motoristas e sócios da empresa.

A Tio Clarito é uma Micro empresa familiar, na qual, de acordo com os integrantes, trabalham 12 motoristas e 12 monitoras para o atendimento feito com 12 vans. Simone Gomes Santos de Jesus, motorista e sócia da empresa, disse que atualmente 600 crianças são transportadas no município, em horários alternados e o valor das mensalidades variam entre R$ 120 e R$ 150.

Reunião do Comutran, com participação de representantes do transporte escolar privado.

Os representantes da empresa disseram que não se isentam de eventuais ocorridos, dentre eles, o relatado na matéria anterior, em que a criança foi esquecida durante toda a manhã, dentro do veículo, e que está sendo tratado na justiça. Mas que gostariam de compreensão da sociedade, pois enfrentam diversas dificuldades, dentre elas em relação à pontos específicos para parada das vans, em frente aos estabelecimentos escolares, o que aproveitaram para pedir providencias ao Comutran. “É preciso que a sociedade compreenda que no transporte escolar também enfrentamos os mesmos problemas levados para a escola. Seja de indisciplina de alunos como de pais que pedem que a gente controle seus filhos”, ressaltou Claiton. Ele acrescentou ainda há situações em que as vans precisam rodar com as crianças por até duas horas depois que as buscam na escola, porque não tem ninguém em casa para deixá-las. “Há casos em que os pais dizem: podem dar uns tapas no meu filho, se ele não se comportar. Isso é só um exemplo do quanto é atribuída a escola e até ao transporte escolar, a educação das crianças. O que é claro que não fazemos”, acrescentou.

Representantes apresentam documentos e argumentam que empresa cumpre com todas as determinações.

“Temos as comprovações de cursos preparatórios para toda a equipe e dos laudos da fiscalização da prefeitura que são feitos semestralmente, aferindo as condições mecânicas das vans”, disse Simone, exibindo os documentos. Ela observou ainda que no caso específico da monitora que foi negligente no caso do filho de Aline Trevisani (mencionada na matéria anterior), a funcionária encontra-se afastada e assegurada para um tratamento de saúde. Mas que não fará mais parte das equipes da empresa.

 

Versão e encaminhamento do Comutran

O secretário do Comutran, Jackson Franzoni, ressaltou que as empresas que prestam o serviço particular de transporte escolar, são sim, de corresponsabilidade da prefeitura e que esta, dentro das possibilidades, as fiscaliza.  “Somos de acordo de que tanto o transporte público como privado, precisam seguir as normas. Na última fiscalização realizada ainda neste ano, uma van que tinha capacidade para 16 crianças, carregava 25”, afirmou Jackson. No entanto, ele observou que quando isto acontece, a empresa paga multa, o que não pontua para futuras concessões, podendo prosseguir desempenhando a função, e que a prestação do serviço não é por licitação.

Houve sugestão de alguns dos conselheiros, de que reclamações desse tipo sejam feitas à ouvidoria da prefeitura pelo número (42) 3635 8100, para os devidos encaminhamentos, pois no caso de maus tratos, a exemplo do relatado na matéria anterior, não tem relação com o Conselho de Transito. Jackson disponibilizou ainda o número direto do órgão para orientações:(42) 3635 8124.

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