Com funcionários em greve por reflexos do “golpe” Correios sinaliza terceirização e prejuízos aos usuários

Em Laranjeiras do Sul, a greve parcial dos Correios já cessou serviços externos e população fica sem receber encomendas e correspondências por tempo indeterminado.

Funcionários dos Correios em greve em frente à agencia, em Laranjeiras do Sul.

A greve dos funcionários dos Correios, iniciada em todo o Brasil, na última quarta-feira (20), é sentida também pela população de municípios pequenos, a exemplo de Laranjeiras do Sul, onde os serviços de entrega de postais de todos os tipos deixam de ser feitos, tendo em campo apenas um ou dois não aderente ao movimento que defende que a categoria não perca direitos como vale alimentação e plano de saúde extensivo à dependentes. Mas os cortes não se restringem ao funcionários. Serviços de grande importância como atendimentos bancários nas agências dos Correios, também cessam.

De acordo com um dos agentes dos Correios e membros do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintacom-Pr), Cealdemir Gomes Ribeiro, a paralisação em Laranjeiras do Sul, assim como em todos o país é por tempo indeterminado, um vez que tanto funcionários como usuários dos serviços começam a ser prejudicados pelo desmonte que já passa a vigorar na instituição, quando a partir do dia  11 de outubro, os serviços bancários deixam de ser oferecidos. “Isto é um grande prejuízo para a população, que principalmente em cidades que não contam com agências bancárias, como é o caso de Laranjal, nessa região, causa grande transtorno, além de desconsiderar a conquista de um serviço que foi criado para amenizar as dificuldades dessas populações”, ressaltou o funcionário.

Além de Cealdemir, outros funcionários dos Correios que se encontram numa barraca em frente ao órgão, no centro da cidade, destacaram que a paralisação dos serviços, também coloca em pauta perdas que afetam a todos, e que apenas os funcionários que não aderiram ainda (cerca de 02 no município, dos que fazem atendimento externo) continuam fazendo as entregas de correspondências numa escala bastante reduzida. “O sucateamento dos correios não se justifica. Uma empresa que sempre atuou com excelência, e que está claramente sendo conduzida para a terceirização, visando favorecer a iniciativa privada, desconsiderando uma trajetória que não só deu certo até aqui, como tem a confiança da população”, se complementam os grevistas, enfatizando que a decisão por greve é em situação extrema, pois o espírito da categoria é de prestar o melhor serviço, chegando a dobrar turnos e estar a disposição sempre. “No entanto, diante de tamanho ataque aos nossos direitos, tanto como funcionários como cidadãos que também defendemos que o Correios siga sendo uma instituição forte, não temos outro caminho”, reforça Cealdemir.

Quanto à não adesão de alguns colegas à greve, dizem que é uma pena, que alguns não tomem atitudes em benefício de si próprio e de dos colegas. Mas que o importante é que o resultados das paralisações, que obrigam os “patrões” a negociarem e diminuírem os prejuízos, “beneficiam a estes também”.

 

 

 

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