Comunidade acadêmica da UFFS, assentamentos e diversos movimentos sociais recebem Lula com carinho, em Laranjeiras do Sul

A disputa das milhares de pessoas que vieram ao encontro de Lula, foi para chegar perto, agradecer e desejar força!

A chegada de Lula na UFFS, nesta terça-feira (27), que estava prevista para as 15h, aconteceu só depois das 18h. O atraso foi principalmente em função da emboscada, quando  “miguelitos” foram colocados na pista, além de tiros terem sido disparados contra dois dos ônibus da caravana, durante o deslocamento de Quedas do Iguaçu para Laranjeiras do Sul, mais especificamente na região de Espigão Alto do Iguaçu.

Após troca de pneus no ônibus atingido, a caravana seguiu. Na UFFS – Laranjeiras, o ex-presidente Lula foi recebido pelo Reitor, Jaime Giollo, pela diretora do campus, Janete Stoffel e representantes dos professores, técnicos e acadêmicos, enquanto visitou laboratórios e na sequência, fez rapidamente um discurso dirigido a toda a comunidade acadêmica, no saguão do bloco principal.

Além de saudar a todos e discorrer sobre a criação de 18 universidades no período em que presidiu o Brasil, lula falou sobre uma sugestão do reitor Jaime Giollo, de criar uma universidade indígena. “Eu saio daqui encantado com uma proposta que  o reitor Giollo me fez, da gente criar uma universidade indígena”, ressaltou Lula.

Com um exemplar de Miguelitos em mãos, a senadora Gleisi Hoffmann e presidente do PT, fez uma fala indignada sobre a tentativa de atentado à caravana, tendo sido alvo o ônibus no qual estava a imprensa da caravana e convidados, inclusive da imprensa internacional. “É um absurdo o que aconteceu aqui. É uma emboscada, foram tiros. Não é oposição política, é uma emboscada. Eles não sabiam em qual ônibus o presidente estava e o que tentaram foi matar o presidente. É muito grave o que aconteceu aqui. Sinto muito que no estado do parana tenhamos um registro como esse”, disse Gleisi, complementada pela diretora Janete que, reforçou o repúdio. “Aqui neste campus, o presidente Lula é recebido com a dignidade e o carinho que merece. Enquanto comunidade acadêmica também denunciamos, vamos acompanhar e cobrar providencias”.

O delegado Helder Lauria, informou na manhã desta quarta-feira (28), que a investigação do caso continua sob a responsabilidade da comarca e aguardam orientações, enquanto as investigações estão sendo feitas, e que a Secretaria de Justica está acompanhando o caso, desde o primeiro momento.

Em nota, o PT-PR, desmente a informação divulgada pelo Departamento da Polícia Civil do Paraná, através da assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública do Governo do Estado do Paraná (SESP), na qual diz que o ex-Presidente Lula teria chegado de helicóptero no campus da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) em Laranjeiras do Sul.

“Lula chegou no local em um dos ônibus da Caravana, no qual fez o trajeto de Quedas do Iguaçu a Laranjeiras, como foi presenciado por centenas de pessoas e por profissionais de diversos órgãos de imprensa do Paraná, do Brasil e do Exterior”, ressaltou a nota.

No 8 de Junho

Aguardado por uma multidão, Lula chega no Assentamento 8 de Junho, por volta das 20h, onde após discursos das lideranças locais e estaduais, começou dizendo que apesar das tentativas de lhe impedirem a passagem, se sentia feliz por estar perto de tantos trabalhadores. Falou ainda sobre as acusações que sofre, da mediocridade política que isso significa, querendo reduzir sua ideologia a um apartamentozinho. Que querem que ele, assim como eles, seja de se pautar por individualidades. “Eu sinceramente não acreditava que fossem capazes de transgredir tanto, de ir tanto e de tal forma, contra todos os princípios da justiça. Minhas testemunhas não são ouvidas. Apenas as que me acusam, mesmo sendo em delação premiada, tem peso”, destacou Lula, acrescentando que podem lhe prender, mas que a liberdade está na cabeça do povo e que suas ideias estarão na cabeça das mulheres e homens livres.

O ex-presidente ainda comentou sobre os incômodos que sua forma de governar causou a elite que não quer ver o povo se sentindo em condições de recusar a exploração. “Quando um trabalhador nordestino deixa de andar de jumento e compra uma moto, quando o pobre abandona a brasilia velha e compra um carrinho novo em 60 vezes, isso incomoda aqueles sempre dominaram tudo…”, disse Lula, dentre outras reflexões.

A comunidade Laranjeirense lotou a Associação 8 de Junho para ouvir o visitante e para o Café com Lula, servido dentro do espaço comunitário, por adesão.

 

 

 

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