Empresa Júnior da UFFS oferta consultoria e desenvolvimento de projetos nas áreas de Agronomia, Economia e Engenharia de Alimentos.

A ideia que surgiu de um trabalho de alunos no curso de graduação em Economia da Universidade Federal da Fronteira Sul, foi acolhida, colocada em prática e hoje já é possível solicitar atendimento e aferir resultados.

Com cerca de 40 alunos dos cursos de graduação em Agronomia, Engenharia de Aquicultura, Economia e Engenharia de Alimentos, a Desenvolve Consultoria teve início, oficialmente, em setembro de 2016, quando constituiu sua primeira diretoria, composta de nove membros (presidente, vice-presidente, recursos humanos, marketing, financeiro e mais quatro diretores de projetos).

Naiara Nobre dos Reis, aluna do Curso de Engenharia de Alimentos e atual presidente da Desenvolve, explica que a empresa Júnior tem a finalidade de proporcionar experiência aos graduandos, que em geral, nessa fase, têm o primeiro contato com o mundo do trabalho, por meio da própria universidade.

As áreas que mais demandaram consultoria e projetos, junto a Desenvolve, até o momento, são de Economia e Eng. de Alimentos. No campo da Agronomia, de acordo com os integrantes da Desenvolve, embora seja o forte da região, ainda há uma resistência em compreender o valor da hora/consultoria ou projeto como investimento, conforme explica o estudante Felipe Silva Campos, que é do curso de Agronomia. “Ainda é comum ouvirmos: eu sempre fiz assim e funciona. Ou ainda: Se eu fizer as contas, desisto. São comentários que se complementam. Pois se fizesse diferente, provavelmente as contas seriam mais satisfatórias”, analisa Felipe.

A estudante de Economia, Loide Araújo Nascimento, comenta que uma das dificuldades é obter as informações corretas, quando a consultoria é financeira. “Há uma certa dificuldade no compartilhamento das informações. Em alguns casos porque o administrador não costuma fazer um controle ou usar aplicativos e sistemas de organização. Em outros por resistência em expor dados”, comenta Loide, lembrando que numa das empresas que atendeu, mesmo não utilizando um programa específico o gestor mantinha um controlo descritivo de ativos e passivos, que facilitou o trabalho de ambos, favorecendo no bom resultado.

A estudante de Economia Patrícia Eberhardt complementa a colega Loide, observando que de acordo com o economista francês Thomas Pikety – em sua obra recém lançada, O Capital no Século XXI, sobre a crise do capitalismo, a partir de análise de dados de vários países do mundo – a falta de transparência nas informações contábeis é um problema cultural no Brasil. “Tanto que o Brasil ficou fora de seu livro, porque não foi possível obter dados críveis”, reforça a estudante.
Avaliação de Empresas já atendidas sobre a Desenvolve e dos consultores, sobre elas
Dentre as empresas que já receberam consultoria da Desenvolve, estão: Tribo do Açaí, Point Restaurante e Secretaria Municipal de Educação.
Na avaliação dos alunos, a Tribo do Açaí, que contou com o conhecimento científico tanto para o desenvolvimento da textura do produto principal que é o Açaí, até a organização financeira, mostrou-se uma empresa inovadora e com muito controle e transparência sobre orçamento e produtos. Já a visão da empresa, manifestada pelo representante Tiago dos Santos Vieira, o atendimento dos estudantes, bem como do professor tutor, foi de grande profissionalismo e fundamental para os objetivos que seu negócio almeja.
Sobre o Point Restaurante, os estudantes destacaram que o pedido de consultoria foi em Boas Práticas de Fabricação. “Eles queriam entregar um alimento de qualidade, com a melhor higienização possível. A relação foi tranquila e os resultados satisfatório”, destaca Loide. Da mesma forma, a representante do estabelecimento, Angelita Jocoski, ressaltou que os serviços prestados pela Desenvolve foram muito proveitosos. “A pontualidade no atendimento e a troca de conhecimento com os profissionais, durante 8 meses, foi bastante satisfatória”, conclui.
Na secretaria de Educação, o atendimento foi realizado em 2016, no sentido de melhorar a merenda escolar ofertada.

Avaliação dos idealizadores da EJ

Grasieli e Marcio, precursores da Desenvolve Consultoria.

“A ideia da EJ surgiu de um trabalho proposto pelo Prof. Tiago Costa, o qual pedia para criar um produto inovador. Nosso grupo pensou na EJ como algo novo e que poderia contribuir em três aspectos: melhorar a formação dos alunos do curso de economia; aproximar a universidade da população; e contribuir para o desenvolvimento da região, principalmente pela consultoria para pequenos negócios”, salienta o mentor inicial, Marcio de Oliveira, complementado pela colega de equipe, Grasieli Rode. “O nome fantasia por exemplo surgiu porque vai de encontro com o objetivo da empresa Jr, que é contribuir para o aperfeiçoamento dos alunos, para que possam ser melhores preparados para o mercado de trabalho”, completa. Outro objetivo, de acordo com os precursores da ideia, é fomentar o desenvolvimento da região através de consultoria para pequenos empreendedores, contribuindo para melhorias de gestão. Eles reforçam ainda que: “o importante é que nosso trabalho foi só o ponta pé inicial, depois teve participação de outros cursos até o surgimento da Desenvolve”. “Mas ainda vejo muita coisa a ser feita quando se compara com outras empresas juniores já consolidadas”, observa Marcio.

Como funciona a contratação dos serviços

Na área de Economia, o investimento atual subsidiado é de R$ 6,50/hora.

Na área de Eng. De Alimentos, os investimentos para o desenvolvimento de projetos variam entre R$ 600 e 1.200, podendo ser agregado treinamento, e variando ainda de acordo com o número de pessoas a serem treinadas.

Já, nas áreas de Agronomia e Aquicultura, os investimentos variam de acordo com deslocamento e serviços solicitados.

 

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