Expressão

Diego Mendonça.Diego Mendonça Domingues é Engenheiro civil, formado pela Universidade Federal do Paraná. Pós-graduado em administração tributária e integrante do levante popular da juventude e publica sua coluna todas terças-feiras, no Portal Comcafé.

A vida é feita de fases e essas fases são compostas por momentos. É importante, em determinados momentos da vida, expressar-se para além do espaço ao qual estamos habituados. Ou, ainda mais, é importante em certa fase da vida alcançar um objetivo que está posto além do nosso campo de atuação. Entretanto, como podemos transpassar nossos limites? Como seria possível suplantar nossa própria inspiração se ela é justamente o que nos limita?

A criança, quanto mais pequenina, encontra um mundo de desafios à sua frente. Na ausência de palavras para expressar as mais diversas sensações precisa muitas vezes do choro para demonstrar descontentamento com algo que não sabe identificar. A mãe, ou o pai, ou o seu interlocutor, usa de boa vontade e da experiência para deduzir o que está em questão – seja uma dor, um aborrecimento ou simplesmente uma necessidade fisiológica.

O adulto, por sua vez, raramente – para não dizer nunca – está contente com sua posição social. Seja pela necessidade de um emprego melhor, um melhor relacionamento com a família ou amigos, ou até mesmo uma doença diagnosticada ou não.

Esse adulto, contudo, não consegue transpor seu paradigma e curar-se de qualquer dor por muitos motivos. Um deles, afirmativamente, é o do uso incorreto da palavra. A palavra é o fio de ouro do pensamento. Neste texto, quero dizer algo além do que estou conseguindo, mas como?

Como dizer algo além do meu limite vocabular? Se eu tenho um léxico de palavras, como eu poderia pensar, quanto mais me expressar, para além delas? Eu poderia não pensar em algo que me limite, mas poderia eu pensar em algo ilimitado? Como, se toda a minha experiência é limitada?

É importante, para darmos o salto de qualidade inerente ao ser humano, e ultrapassarmos nossas barreiras, ir além da individualidade. Por e para isso é imprescindível que constatemos e avaliemos bem a nossa condição. O nosso estado. E, a partir dele, estejamos prontos e dispostos a aprender o novo. Todos somos crianças em determinados temas, e é dever dialético que o adulto conhecedor de certa temática também se supere e com boa vontade, seriedade e compromisso realize um verdadeiro trabalho de parto de uma novidade a quem precisa.

Esse processo pode ser visto em diversos segmentos sociais. Nos negócios. Na espiritualidade. Na política. No esporte. Nos relacionamentos pessoais em todos os níveis. Somos seres que evoluímos junto ao outro. Somos seres sociais. Precisamos nos exprimir coletivamente – manifestar o pensamento de maneira conjunta, para darmos saltos de consciência não apenas individualizados, porém atingirmos estágios adiantados da vida em conjunto.

Como atingir aquela posição no mundo do trabalho que está além das minhas qualificações (vírgula) embora eu saiba que se atingir o posto desejado eu conseguirei aprender o suficiente para desempenhar a função? Como me expressar quando faltam palavras? Como realizar a comunicação quando o interlocutor está aparentemente distante de mim?

As respostas para essas perguntas partem de incontáveis pontos de vista, mas algumas condições são normalmente desejáveis. Como credibilidade por parte de quem deseja o acesso ao próximo nível de atuação.

Credibilidade é uma palavra chave.

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