A Campanha Nacional dos Bancários também busca, justamente, fazer com que os banqueiros ofereçam serviços de qualidade para os clientes e denuncia aos juros absurdos cobrados por estas instituições pelos serviços prestados. 

A paralização é por tempo indeterminado.
A paralização é por tempo indeterminado.

De acordo com o Sindicato dos Bancários de Curitiba, a paralisação das atividades dos bancários, gera certa insegurança na população, que busca meios alternativos para realizar pagamentos e ter acesso a outros serviços prestados pelas instituições financeiras. Contudo, a greve também é o meio de pressionar para que clientes e usuários de serviços bancários tenham melhor atendimento quando a negociação com os bancos se esgota.

De acordo ainda com a instituição,  juntamente com a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT-PR) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), por exemplo, defendem a contratação de mais trabalhadores e trabalhadoras para que a população possa contar com um serviço de qualidade, uma vez que, hoje em dia, muitos serviços estão sendo feitos por meio dos caixas de autoatendimento, que, sob o falso pretexto de oferecer mais comodidade aos clientes, faz com que a população assuma eventuais riscos na hora de fazer operações bancárias. Com o número reduzido de trabalhadores e trabalhadoras, o atendimento fica precarizado. Hoje em dia, um bancário fica responsável por atender, em média, 669 clientes, número que torna impossível realizar um trabalho de qualidade.
Outro problema verificado pelas entidades bancárias com o autoatendimento está com relação à segurança destes espaços. Uma das propostas apresentadas para os banqueiros era a de garantir com que os clientes pudessem contar com dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme determina a legislação e também de instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Foi pedido ainda a abertura e fechamento remoto das agências e fim da guarda das chaves por funcionários. Contudo, os banqueiros sequer deram atenção para um item considerado importante como este.
Por fim, as entidades sindicais rechaçam com veemência os juros praticados pelos bancos. De acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em 2014 o aumento nas tarifas bancárias chegou a 136% para serviços avulsos e 75,2% entre os pacotes. Na média, o reajuste ficou em 10,9%, acima dos 7,7% de inflação registrada neste período. O lucro dos bancos no primeiro semestre deste ano foi de R$ 36,3 bilhões, um crescimento de 27,3% em comparação ao mesmo período do ano passado.
Portanto, a luta não é apenas para evitar que a categoria seja precarizada e explorada. Ela também serve para que os banqueiros não lucrem cada vez mais em cima da população e não ofereçam o mínimo que se pede, como um atendimento de excelência, segurança na hora de usar os serviços bancários e que pague-se juros mais condizentes com a realidade brasileira. Como diz o nosso mote, “Exploração não tem perdão”.

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.