No palco do Col. Laranjeiras, cinco monólogos para convidados, no último sábado

É o grupo de teatro TULS – Teatro Unificado de Laranjeiras do Sul, acontecendo de fato. Com seus atores passando por todas as fases de formação teórica e prática, rumo ao amadurecimento e ousadia de criar, interpretar e fazer o espetáculo!

Uma mostra de apresentações de cinco monólogos com temas livres, desenvolvida a partir de uma oficina realizada no dia 24 de junho, foi apresentada na noite de sábado (08), no Col. Laranjeiras, à convidados (familiares dos atores e participantes das oficinas realizadas em 4 colégio públicos do município).

Embora fosse parte de um trabalho de formação interna do grupo de atores da Associação TULS – Teatro Unificado de Laranjeiras do Sul, o empenho dos atores em criar, adaptar e apresentar, levando em conta o aprendizado em Artes Cênicas, surpreendeu quem assistiu, variando de terror, ao drama e à comédia.

 A série de apresentações começou com “Claryce Quer Brincar”. Autoria e interpretação de Thais Ramos dos Santos. O Monólogo retrata a história de uma menina chamada Claryce, que possui uma mente perturbada e com tendências psicopatas, onde ela relata um acontecimento, criado em seu imaginário, no qual acreditava que a sua boneca era uma criança de verdade, chamada Mariana, que ela teria roubado da barriga de uma mulher grávida, conhecida da família, de uma forma brutal, tudo porque ela apenas queria alguém pra brincar.

Na sequência, Afinal, o Que é o Amor? Autoria e interpretação de Leidy Thais.  O formato que o mundo tomou não ajuda muito nessas coisas do coração. A pergunta é: já que somos livres para agir segundo nossa natureza egoísta, na qual desde pequenos somos influenciados pelo sistema em que o ter prevalece mais que o ser. Já que vivemos em uma sociedade em que o desamor prevalece junto com tantos outros sentimentos negativos . Como podemos viver em uma existência de amor ?

Seguido por,  Amém – Eliot quer compartilhar conosco. Deus pode lhe ajudar? Texto adaptado e interpretado por Josiel Araújo, da série Mr. Robot, em que Eliot (poeta, dramaturgo e crítico literário norte-americano) fala sobre religião “”Deus” e “Jesus” são apenas dispositivos hipnóticos para servir e atender grupos exclusivos para exercer controle. Seria uma espécie de traficante que vicia as pessoas na “droga da esperança”, seus seguidores nada mais são que viciados que querem suas doses de bobagens para manter as dopaminas de ignorância. Viciados pelo medo de ver a Verdade….”.

O penúltimo foi,  Marias. Autoria e interpretação de Eduarda Roth. A protagonista é Maria, a qual passa por situações cotidianas que muitas mulheres no mundo vivenciam. Estupro, humilhação, cerceamento da liberdade. A personagem fala sobre como foi sua vida de submissões, até ser morta pelo machismo no dia em que resolveu tomar uma atitude.

E por fim,  “Preguiça”.  Autoria e interpretação de Geovana Bortoluzzi. O monólogo é sobre ma personagem jovem que tem muita preguiça de fazer de tudo até comida, por isso só come miojo. Sua Mãe implica por ela não sair para aproveitar o verão, por não namorar, não ir à piscina. Porém só de pensar no trabalho que tudo isso dá, nas chateações das relações humanas, nos convencionalismos e repetição de ciclos, ela prefere ficar no seu quarto curtindo uma preguiça.

Os cinco monólogos estão em fase de aprimoramento, mas devem ser apresentados ao público, à medida que surgirem as condições que os viabilizem.

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