Duas das empresas constantes na lista apresentada, como omissas ao cumprimento da lei, foram contatadas e dizem nunca terem recebido solicitação para fazerem parte do Programa Menor ou Aprendiz.

 

Alunos do Ceebja, com representação no Parlamento Jovem.
Alunos do Ceebja, com representação no Parlamento Jovem.

Durante a penúltima sessão do Parlamento Jovem, projeto que insere alunos de escolas públicas a participarem do meio político, em Laranjeiras do Sul, por meio da criação de uma equipe de 13 vereadores alunos, com todas as representações do legislativo, uma pauta polêmica foi apresentada.

Trata-se da criação do Projeto Menor Aprendiz que possibilita que alunos a partir de 14 anos, possam trabalhar remunerados até seis horas por dia, desde que o trabalho não comprometa seus estudos, ao mesmo tempo que fazem um curso relacionado à função que estejam desempenhando. Esse curso com custo médio de R$ 150, seria pago pela empresa contratante.

A polêmica

Marinalva F. Chapieski e Maria Denise Drabecki exerceram a presidência e vice-presidência da penúltima sessão do Parlamento Jovem.
Marinalva F. Chapieski e Maria Denise Drabecki exerceram a presidência e vice-presidência da penúltima sessão do Parlamento Jovem.

A polêmica estaria no fato desse curso já estar em fase de implantação no município, sendo que foi criada uma Organização Não Governamental (Ong) específica para viabiliza-lo, uma vez que pelo Programa Nacional Jovem Aprendiz, são necessários três atores envolvidos (município, jovens aprendizes e entidade formadora). Onde existe o Sistema S, Sesi ou Senai, esta é a entidades formadora oficialmente estabelecida pelo Programa. Na ausência destas, é possível ser substituída por escola técnica ou Ong.

De acordo com o fundador e representante da referida Ong, Professor Protasio, convidado pelos jovens parlamentares para um pronunciamento no grande expediente, mesmo o Ministério Público tendo emitido uma lista com nomes de 32 empresas laranjeirenses que por lei são obrigadas, dentro de seu porte de médias e grandes empresas, a  contratarem alunos do Programa Menor Aprendiz, estas se recusam a cumprir com a determinação, demonstrando o não interesse em contribuir com o desenvolvimento de jovens, quando não dão a eles a oportunidade do primeiro emprego.

Greysiele S. Avila e Marcieli dos Anjos, vereadoras do Parlamento Jovem, na legislatura 2015.
Greysiele S. Avila e Marcieli dos Anjos, vereadoras do Parlamento Jovem, na legislatura 2015.

“Das 32 empresas, notificamos 19. Algumas foram enfáticas em dizer que não têm interesse, como se pudessem optar em fazer ou não, parte do programa. Outras disseram que iriam avaliar, como se também pudessem escolher participar ou não”, relatou Protasio, observando que como não obteve sequer um retorno dessas empresas que ficaram cientes da obrigatoriedade da contratação, uma vez que o município conta hoje com todos os atores para implantação do Programa e mais de 200 alunos cadastrados, o caminho sera por meio do Ministério Público do Trabalho.

Ele distribuiu uma lista com o nome das referidas empresas e surpreendentemente, os perfis destas, assim como capacidade de geração de emprego, não coincidem com o descaso relatado. Certamente, é o caso de toda a sociedade ficar na torcida para que o Ministério Público acione essas empresas e que estas façam parte, não só das empresas mais lucrativas do município, mas também daquelas que dão sua contrapartida social, apoiando projetos tão importantes como esse.

Mariana Pizzatto, vereadora do Parlamento Jovem, na legislatura 2015.
Mariana Pizzatto, vereadora do Parlamento Jovem, na legislatura 2015.

Versão de duas empresas citadas

A Crehnor, que consta na lista apresentada por Protasio como notificada, refuta a informação. “Nunca recebemos o pedido de apoio ao projeto e se recebêssemos, sem dúvidas apoiaríamos. Inclusive como a Crehnor é uma empresa nacional, já contratamos menor aprendiz, amparados pelo Programa”, respondem os diretores.

Já a Farmácia Santa Teresinha, que consta na lista das empresas com potencial, mas que ainda não foram notificadas, garante que não só é simpática ao projeto, como tem interesse em contratar jovens que possam ser beneficiados com um trabalho paralelo aos estudos, desde que dentro da legalidade.

 

 

Indiamara Benta Cavalheiro, vereadora do Parlamento Jovem, na legislatura 2015.
Indiamara Benta Cavalheiro, vereadora do Parlamento Jovem, na legislatura 2015.
Lavínia C. Rpdrigues, vereadora do Parlamento Jovem, na legislatura 2015.
Lavínia C. Rpdrigues, vereadora do Parlamento Jovem, na legislatura 2015.
Jogler Wiliam Cardoso, vereador do Parlamento Jovem, na legislatura 2015.
Jogler Wiliam Cardoso, vereador do Parlamento Jovem, na legislatura 2015.

 

 

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.