BANANADA DE EINSTEIN é a coluna semanal de Marcio Martins para Comcafé. Ele é Dr. em Ciência da Educação, membro da Sociedade Brasileira de Neuropsicologia (SBNP) e ativista cultural, dentre outras vivências e formações.

Essa semana estive na vivência da Cia Carona de Teatro; solícitos, inteligentes e altamente competentes, fosse na discussão didática, na dinâmica de grupo e principalmente na peça “águas”, que pode ser conferida no youtube, ou pelo Brasil a fora… Uma mescla de técnica, sensibilidade e da história dramatizada de pessoas e famílias vivendo a enchente, tendo um cenário com velas e lanternas, radinhos a pilha, cartas, capas e guarda-chuvas, assim pouca luz e muita emoção… da vida, para a vida, sobre a sobrevivência e superação, mas o que é superação de verdade?

Pois bem… Nada mais é do que estar num estado de vulnerabilidade social e  emocional e suportar, talvez resistindo para não enlouquecer, pois desistir não existe nesse vocabulário, ainda mais que mesmo que estivessem acomodados, preciso é permanecer firme dentro das condições possiveis.

… Sede tendo água, fome da comida ali perto, mas não no alcance, sensação da goteira que não cessa nunca, barulho num … Silêncio ensurdecedor, angústia, tristeza e a espera da morte… Com ou sem água, não esperar…Assim Quantos de nós espera a morte? Confesso que sempre pensei na dita cuja, entretando para valorizar a vida, e por todos os percalções que há, vale a pena viver, pois as escolhas dependem muito mais de você, mesmo que tenha de levar em consideração as condições do tempo… Espaço, influências, e toda a super chuva…

Sair de guarda-chuva é para não se molhar, possivelmente umedecer, mas molhar, depois passa, e vem outro dia, o sol… a recuperação e pensar o ocorrido, e quanto de molhado restou, molhado, umedecido, seco com cheiro, movado com o esverdeado natural, ou tudo não passou de um momento de enchente?

É preciso pro-curar enxugar-se!