Titularização Fundiária, a pergunta que não quer calar.

Robson Sumenssi é filho e neto de assentados, tem 17 anos, nasceu em acampamento (hoje Assentamento Ireno Alves), é estudante de terceiro ano do ensino médio na Escola Estadual do Campo Iraci Salete Strozak e sonha em cursar jornalismo. Além de falar com a propriedade de um jovem “filho da Reforma Agrária” sobre o tema, sua coluna quinzenal no Portal de Notícias Comcafé, tem a função de experimento em sua área de interesse profissional.

Um dos temas mais polêmicos dos últimos tempos dentro dos assentamentos é o da titularização dos lotes, o qual um grupo politico de direita afirma ser o caminho mais certo rumo ao progresso, enquanto outra pessoas e grupos questionam essa afirmação.
  E necessário que se esclareça o ponto central. Há uma proposta trazida por um grupo de direita que quer regularizar e titularizar todos os assentamentos, mas para isso pedem que seja pago a uma empresa de geo-referenciamento o valor de R$ 1500, para que a mesma faça novamente a medição dos lotes, e então, seja entregue os títulos aos assentados, deixando os mesmos regulares com o Incra.
 É evidente que todo esse processo levanta questões como por exemplo: o fato de ter que pagar R$ 1500 a  uma empresa terceirizada, se até então quem fazia esse trabalho era o proprio Incra. Outro questionamento levantado e que para regularizar esses lotes se faz necessário ter uma reserva permanente, que perpassam as sangas, considerando que nos assentamentos existem inúmeros casos onde isso não acontece na pratica, fazendo com que se torne impossível uma regularização e consequentemente a titularizacão a curto praz,o como vem sendo afirmado.
 Quero destacar que até então, essas perguntas não foram esclarecidas, assim como outras, o que torna essa proposta extremamente questionável, ainda que por vir, pois mais parece propaganda politica do que uma tentativa de melhorar a vida da população assentada.

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