Com alta desde sexta-feira, rapaz que teve as pernas quebradas por motorista que fugiu, espera justiça

Além do prejuízo no desempenho escolar, as dificuldades em não ser amparado por nenhum benefício, uma vez que trabalha informalmente.

Felipe Lopes Neto, após ter as duas pernas quebradas por um motorista que lhe negou socorro.

Embora já esteja em casa, tendo recebido alta na última sexta-feira (07), são muitas as dificuldades pelas quais passa o adolescente Felipe Lopes Neto, após ter as duas pernas quebradas por um motorista irresponsável, que segundo informações de pessoas que presenciaram a rápida cena, estava com uma criança no carro, em alta velocidade, e após bater na moto conduzida pela vítima, fugiu, sentido Porto Barreiro.

Embora a polícia ainda não tenha informações, presume-se que a identificação e localização do causador do acedente, com comportamento criminoso logo ocorra, uma vez que um amigo de Felipe o seguiu até anotar a placa do Uno branco (AKZ 4282), cuja busca identifica como sendo do município de Rio Bonito do Iguaçu.

“Eu mesmo não vi nada. Nem o carro, nem sei como aconteceu. Seguia normalmente e apena lembro de  ter olhado para o posto e na sequência, horas depois, ter despertado no hospital com muitas dores”, relata Felipe. “Me sinto muito triste pela falta de atitude humana dele. Não ia acontecer nada com ele. Por que não me prestou socorro? Não fosse as outras pessoas, teria morrido pela hemorragia”, diz o rapaz, observando que os atendentes do Auto Posto Franci, informaram que as imagens foram captadas pelas câmeras, tanto daquele estabelecimento, como da Oficina do Titão, ao lado.

“Ele teve a sorte da ambulância estar passando por lá, bem na hora do acidente. Se fosse num lugar sem pessoas por perto, poderia ter morrido pela não prestação de socorro, pois a hemorragia era grande”, disse sua avó, já idosa, que mora no Bairro Presidente Vargas e tem que se deslocar até o Bairro São Miguel, para dar apoio ao neto, nesses dias.

O que torna ainda mais difícil a situação de Felipe

Não é a primeira vez que a violência marca a vida do adolescente Felipe, que luta por dignidade, estudando a noite e trabalhando informalmente durante o dia, o que não lhe assegura nenhum benefício nesse momento de extrema dificuldade, mesmo que o acidente tenha ocorrido no deslocamento para o trabalho. Nos primeiros anos de vida, Felipe, hoje com 18, e sua irmã de 15 anos, perderam a mãe, quando ela tinha apenas 21 anos, a poucos metros do local onde moram, por bala perdida. “Ela estava voltando pra casa. Teve um tiroteio entre dois grupos de piazada. Ela tentou correr e mesmo assim, uma bala acertou na mãe”, lembra o jovem ainda muito abatido pelo trauma do acidente e imobilidade que deve durar longo período até que se retire o dreno de uma perna e placas de platina sejam colocadas.

Solidariedade

Se alguém puder fazer alguma ajuda à Felipe, que além do prejuízo do ano letivo, cuida da irmã e paga aluguel, morando num cômodo anexo a casa de uma tia que o ajuda – mas também precisa se esforçar muito – pode enviar mensagem  pelo facebook de Comcafé, obtendo seu endereço, podendo falar diretamente com ele.

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