Para as mulheres do MST, a expansão da monocultura de pinus e eucalipto transforma a terra em um deserto verde improdutivo, do ponto de vista da soberania alimentar.

 

5 mil mulheres do MST, fazem ação relâmpago, destruindo o viveiro de mudas da Araupel em Quedas do Iguaçu.
5 mil mulheres do MST, fazem ação relâmpago, destruindo o viveiro de mudas da Araupel em Quedas do Iguaçu.

De acordo com informações da Assessoria de Imprensa do Movimento Sem Terra (MST), 5 mil mulheres do movimento realizaram uma ação relâmpago, na madrugada desta terça-feira, 8 de Março – Dia Internacional da Mulher – destruindo estufas e bandejas de mudas de eucalipto, no viveiro da Araupel em Quedas do Iguaçu. A ação durou menos de 20 minutos, de acordo com a assessoria.

Vindas de todo o Estado, voltaram para seus assentamentos e acampamentos, logo após a operação que de acordo com o movimento tem como lema “Mulheres na luta em defesa da natureza e alimentação saudável, contra o agronegócio”, fazendo parte da Jornada Nacional das Mulheres, com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para o modelo destrutivo do agronegócio para o meio ambiente.

A nota do MST diz que a expansão da monocultura de pinus e eucalipto transforma a terra em um deserto verde improdutivo, do ponto de vista da soberania alimentar, além de destruir a biodiversidade d território e deteriorar o solo, secando rios e ocupando grandes extensões de terras que poderiam ser utilizadas para produzir variedade de alimentos saudáveis por famílias a espera da Reforma Agrária.

O movimento diz que as trabalhadoras denunciam ainda a apropriação ilegal de terras públicas, utilizadas pela Araupel, destacando que no final do ano passado, a justiça federal anulou as matrículas de nove imóveis que estão sob domínio da empresa. “Assim, segundo o Incra, a decisão mantém a Araupel na área apenas como usuária, mediante concessão de direito real de uso, significando que a empresa está no papel de inquilina do imóvel e que, portanto, deve pagar pelo uso da terra pública”.

“Nesse contexto as mulheres camponesas exigem a desapropriação da fazenda de cerca de 35 mil hectares para fins de Reforma Agrária. Elas também cobram que as cerca de 10 mil famílias acampadas no Paraná, sejam assentadas no Estado.”, ressalta a nota.

 

 

 

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