Com apenas 18 anos, 14 como profissional, piloto de motocross supera recordes de desafios e já começa a se preparar para a vida após o sucesso nas pistas.     

PP Bueno com os treféus que ganhou na 4ª etapa do Paranaense de Motocross
PP Bueno com os treféus que ganhou na 4ª etapa do Paranaense de Motocross

Durante a 4ª etapa do Campeonato Paranaense de Motocross, a reportagem do …comcafé conversou com o piloto Pedro Bueno, o PP Bueno e sua família. Ele é filho único, tem 18 anos, foi 1º colocado nas baterias MX2 e MX1, esta, a mais visada do campeonato e contou sobre a sua trajetória como competidor profissional, desde os quatro anos de idade.

No motor home que o abriga com seus pais, por onde vai, PP conversou, enquanto comia uma pizza para repor as energias, depois de um banho, já com o resultado da corrida em mãos. Todos participaram da conversa. O pai foi o primeiro a dizer que a mãe ficou com o coração acelerado, quando ele começou a tomar gosto pelo esporte radical.  Mas que, à medida em que foi se profissionalizando, o que exige ter cuidado e segurança, foi aceitando, e hoje é sua maior incentivadora.

Perguntado se estava cansado, ele respondeu que não. Que estava bem, pois as corridas no Paranaense são por tempo mais curto. “Mais cansativas são as etapas nacionais”, compara o piloto que é patrocinado pela Pro Tork.

Fato marcante 

Quando perguntado sobre os tombos, o pai foi antecipando que as marcas de cicatrizes que ainda carrega no rosto,

Os pais de PP Bueno: dedicação exclusiva ao filho.
Os pais de PP Bueno: dedicação exclusiva ao filho.

não eram de acidente com moto, mas de um acidente que os três tiveram de carro, antes disso. “Foi um acidente de carro. É o contrário. Não foi a moto que causou o acidente, e sim o acidente que fez com que ele fosse para a moto”, parafraseou, o pai, para contar que o filho ficou muito triste depois do acidente, quando tinha apenas três anos. Para reanima-lo, ele que sempre gostou de motos, comprou a motinho pequena e a partir disso, ele nunca mais saiu de cima de duas rodas. PP já passou por 13 cirurgias para a recomposição do alinhamento facial.

“Ele começou a vencer nos campeonatos, foi ficando cada vez mais competitivo. Se profissionalizou, e começou a correr nos Estados Unidos também, participando do circuito Loretta Lynn . Fomos ficando por conta dele, e hoje nossa atividade exclusiva é acompanha-lo, ajuda-lo a estar preparado”, conta a mãe. Ela ressalta que seu papel principal é fortalece-lo, no sentido de estar e se sentir bem. “Pois quando se está bem, patrocinador é o que não falta”, avalia.

A família conta que nos Estado Unidos, têm a mesma estrutura, que no Brasil, motor home equipado e moto. Para lá, ele leva também toda sua equipe de seis pessoas, além do pai e da mãe. São dois mecânicos, dois motoristas e dois assistes técnicos.

Novos planos

Ainda neste ano, PP vai competir também como empresário. Morador de Curitiba, ele já está como toda a estrutura pronta para começar a dar aulas de pilotagem de motocross, numa chácara em Almirante Tamandaré. Seu público será de 6 a 45 anos.

Sobre a sua vocação como instrutor e como é a metodologia para ensinar a modalidade para os pequenos, o piloto diz que entende do assunto, pois já treina alguns garotos, e também por ter sido piloto desde muito cedo. “É legal por que eles pegam muito rápido. Mas tem que ter muito jeito, pois querem brincar mais do que levar a sério”, observa.

Com relação aos seus estudos, PP é apoiado pelos pais, a deixar para um pouco mais tarde. Ele conta que concluiu o ensino médio e ainda não sabe quando vai ingressar na universidade, pela dificuldade de conciliar com a profissão. “A fase produtiva de um piloto é muito curta. É agora. Então, somos favoráveis de que ele se foque nisso, por enquanto, e que deixe a faculdade para depois, tendo garantido estabilidade financeira, durante a boa fase profissional”, defende a mãe.

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