O QUE EU ACHO? E O QUE É REALMENTE?


BANANADA DE EINSTEIN é a coluna semanal de Marcio Martins para Comcafé. Ele é Dr. em Ciência da Educação, membro da Sociedade Brasileira de Neuropsicologia (SBNP) e ativista cultural, dentre outras vivências e formações.

EU ACHO TANTO e de tanta coisa, porém até que ponto o que eu acho é realmente verdadeiro, ou o melhor caminho, ou algo que possa me ajudar a avançar humanamente, ou intelectualmente, ou ao menos viver melhor? Com as pessoas que me cercam, convivo e vivo bem, ou não?

Respostas subjetivas e muito particulares de cada um, porém se há tecnicamente pesquisas, entidades especializadas que apontam entre aquele que fala porque quer falar, ou aquele que fala e sabe o que está falando…

Recentemente me deparei com uma pessoa que disse não acreditar na ciência, pensei comigo, como pode não acreditar na ciência e fazer uso de remédio, tecnologia, e mais ainda desmerecer o próprio avanço, que saiu da roça e vai para cidade e continua negando? É um paradoxo! Não acham?

Pois então, o que faz uma pessoa a pensar assim? Vaidade, birra infantil, autosuficiência, ou baixo processamento cognitivo e inclusive estratégico, pois bem, as coisas não dependem apenas de trabalho, não somente de esforço, mas sim de pessoas e muitas pessoas envolvidas com as nossas vidas, suas vidas, mas o real é que não é soemente “se a carne é fraca, ou se pessoas e corações são de papel, ou ainda se o bicho não pensa”, é necessario prever prejuizos maiores do que o próprio ego, pois precisamos de pessoas e pessoas precisam de pessoas.

Enfim fica bem mais fácil ter respeito atrelado com o que eu acho, ou verdades cientificas, ou melhor comprovadas, no entanto Nietzsche… “O que é a verdade, portanto? Um batalhão móvel de metáforas, metonímias, antropomorfismos, enfim, uma soma de relações humanas, que foram enfatizadas poética e retoricamente, transpostas, enfeitadas, e que, após longo uso, parecem a um povo sólidas, canônicas, e obrigatórias: as verdades são ilusões, das quais se esqueceu que o são, metáforas que se tornaram gastas e sem força sensível, moedas que perderam sua efígie e agora só entram em consideração como metal, não mais como moedas”. EU ACHO? E a ciência?

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