Olmpíadas 2016 – Mercado do sexo faz busca ativa em perfis de mulheres pelo facebook e Whats
Após acessar os perfis, são enviadas propostas de recrutamento com expectativas de “faturar um bom numerário”, reforçando que a oportunidade é imperdível.
Muitas mulheres, assim como eu recebi, devem estar recebendo em seu números privados, pelo whatsapp, a mensagem entre aspas, abaixo, na qual foram preservadas as informações de origem, data e imagem de identificação do contato:
“20/07/16, 18h12 – ‪+55 21 96887-8183‬:
Boa noite. Estamos cadastrando acompanhantes para atendimento durante Jogos Olímpicos de 2016 aqui no Rio de Janeiro. Observamos seu perfil no Facebook e acreditamos que você tem perfil e poderá faturar um bom numerário. Caso tenha interesse enviar nudes para avaliação. Avaliaremos e daremos retorno. Oportunidade imperdível. Oferecemos hospedagem e local para atendimento discreto e higienizado. Atenciosamente, Margarete. Café Pink House, um novo modelo de prazer.”
As facilidades da internet e demais mídias favorecem também as investidas dos agentes do mercado do sexo, que buscam diversificar a “mercadoria” a ser ofertada durante o evento, objetivando certamente, competir com concorrentes a altura.
Qual a importância de se observar, não com análise de julgamento, uma vez que se discute inclusive a legalização da prostituição que já não é vista como crime, mas que justamente pelo fato de ser uma prática aceitável socialmente e não formalizada, dá margem aos atravessadores/exploradores, com a fechada de dar garantias, amealhar para si o faturamento a partir da prática sexual de terceiros, o que aí sim, está em jogo, é e seguirá sendo crime, mesmo que ocorra a legalização.
É importante que se associe ainda o cenário de crise no país, e que a promessa de interessantes ganhos, serve de pano de fundo na atração de mulheres para o esquema da prostituição, podendo inclusive se chegar a adolescentes, a partir da facilidade das redes sociais, utilizadas como ferramenta.
É possível que a proposta esteja sendo feita também para os homens, no entanto, também é importante se observar o contexto machista sendo reforçado, no sentido da mercantilização da mulher, sempre colocada como objeto acessível nas prateleiras dos ambientes que prometem ser novos modelos de prazer.
O texto é mal escrito e apelativo, denota que a prostituição como profissional profissional, é atrativa para marginalizadas/os e oprimidas/os sociais, que tão logo se ambientem a ela, passam a reproduzir a exploração sob novas/os adeptos, num ciclo vicioso que na maioria das vezes se associa a diversos crimes.

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