Tal qual a peça apresentada pelo TULS, em 2017, tirar as vendas para ver o que está por trás do cancelamento do Natal iluminado em Laranjeiras do Sul, é preciso.

Em 2017, o investimento de iluminação natalina na Praça José Nogueira do Amaral, também dividiu opiniões. Muitos acharam exagero o valor de R$ 255 mil, gastos na decoração. Outros elogiaram, manifestaram satisfação em visitar o espaço decorado por empresa especializada.

Numa apresentação chamada “Luzes que Ofuscam”, o TULS – Teatro Unificado de Laranjeiras do Sul, trouxe uma reflexão sobre o estado de hipinose que as luzes causam, não dando espaço para a crítica sobre a distribuição do recurso investido, por exemplo.

Mas a reflexão diante do episódio do cancelamento da iluminação, neste ano de 2018, é outra. Embora a discussão gire em torno da praça ser ou não decorada, há outros implicantes na configuração da política local que precisam ser avaliados com maior critério, sob pena de se dar asas para quem quer voar alto, enquanto se apedreja quem nada ou pouco tem a ganhar ou a perder.

Será que a única solução seria mesmo cancelar? Não foi possível sequer um pedido de vistas para ajustar pontos de discórdia e se chegar a um consenso? Não seria uma demonstração de imposição de poder de um grupo que se projeta para outros objetivos políticos? Quem concorrerá pela oposição, ao comando da UFFS-Laranjeiras e executivo municipal?

A importância de uma ação que proporcione acesso alguma alegria para a população carente, sobretudo as crianças, é fato. Ninguém que tenha uma situação mais confortável pode tomar a própria sensação como parâmetro.

O argumento da Câmara Municipal de Laranjeiras do Sul, de que o município de Saudade do Iguaçu, teria gasto apenas R$ 38 mil na aquisição de objetos de decoração para a decoração natalina, não é verdadeiro. De acordo com o diretor de Cultura e Esportes daquele Município, Willian Cemim, foi gasto aproximadamente R$ 200 mil com a empresa especializada e licitada para prestar o serviço.