Só 20% da população cabe na concepção de estado de Temer, critica Gleisi
Fonte: Ass. Senadora Gleisi Hoffmann

Em debate sobre o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB, ocorrido na manhã desta terça-feira (12) na Comissão de Desenvolvimento Rural e Turismo (CDR) do Senado Federal, a senadora paranaense Gleisi Hoffmann (PT) criticou a proposta orçamentária irrisória que o governo de Michel Temer enviou para o Congresso Nacional. “É uma vergonha; vai ser impossível fazer o básico!”, disse Gleisi.

O debate contou com a participação do ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e de representantes das entidades e fóruns nacionais de luta pela educação. Ao comentar os números apresentados na ocasião pelo líder do PT no Senado, Lindbergh Farias, sobre a redução dos recursos, Gleisi definiu a proposta golpista como um completo desmonte das políticas para a educação e o serviço público. “Na concepção de estado desse governo ilegítimo e sem voto, só cabe 20% da população”, afirmou. “Tamanha exclusão da maioria do povo brasileiro é ultrajante!”, acrescentou.

Em seu pronunciamento, ela ainda lembrou dos avanços promovidos não apenas na área do ensino, mas também na atenção e no cuidado social pelos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff, com destaque, entre outras ações, para as super creches do Pró-Infância, o Brasil Carinhoso e o programa Mais Médicos. “Não é à toa que o Presidente Lula é acolhido com honras por onde passa e tem recebido tantos títulos de Doutor Honoris Causa das universidades dentro e fora do Brasil, como reconhecimento pelo trabalho realizado”, completou.

Haddad definiu o desmonte da educação como um “crime de lesa-pátria”. Para ele, deixar faltar dinheiro nessa área estratégica ao desenvolvimento humano e social do País impacta diretamente no futuro das pessoas e da nação. “Esta proposta orçamentária e as medidas de sucateamento, somadas à PEC do Teto de Gastos inviabilizam os investimentos. Como fazer para financiar a educação no próximo ciclo?”, perguntou o ex-ministro.

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.