O antigo Projeto Beija Flor, que começou em 2012, já tem um grupo de agentes focado na identificação principalmente das violências domésticas, e agora com a denominação de Núcleo de Combate à Violência fará acompanhamento de todos os casos, dando segurança às vítimas para denunciar.
Sargento Clarel Ferreira e soldada Vivian Oro, falam sobre as ações do Núcleo de Combate à Violência.
O Núcleo de Combate à Violência foi apresentado nesta segunda-feira (26) na Câmara de Vereadores de Laranjeiras do Sul, com objetivo de divulgar as ações de policiamento comunitário que a Polícia Militar (PM) começa a colocar em prática, em parceria com as secretarias municipais de Saúde e Assistência Social (CRAS).
O projeto que começou com um recurso de R$ 30 mil, do Governo do Estado em 2012, se manteve em 2013, e em 2014 foi executado com recurso do município, mais especificamente da Secretaria Municipal de Saúde. Agora, mesmo que o repasse do Estado tenha reduzido para R$ 25 mil, é retomado com grande expectativa das equipes, em combater a violência.
Secretário Popia, mostra os números de notificações de violência, identificados pelo projeto, de 2012 até agora.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, de Laranjeiras do Sul, Fabiano Popia, além do que representa na prática esse projeto, o levantamento preciso de indicadores é de grande importância quando se pleiteia recursos junto a União e Estado. “Para qualquer projeto futuro que se queira fazer é preciso que tenhamos indicadores confiáveis. Como a PM estava com um projeto semelhante e a Assistência Social também, resolvemos nos integrar para fortalecer essa ação”, acrescenta Popia, apresentando os indicadores obtidos pela equipe da Saúde, tanto junto à PM, como CRAS, que em de 2012 foram 42, em 2013, com o projeto atuando 247, 2014, 194 e 2015, até agora, 19.
A soldada Vivian falou sobre a ação de pós identificação de violência contra vulneráveis, que inclui mulheres, crianças, idosos e pessoas com necessidades especiais. Ela reforçou que: “não basta fazer o primeiro atendimento, é preciso acompanhar esses casos para darmos garantia de que a violência não prossiga, muitas vezes ainda maior, pelo agravante da denúncia”, diz Vivian que será responsável por esse acompanhamento, e falou sobre como será operacionalizado o trabalho. “Todos os dias, minha equipe ao sair a campo terá alguma visitas para fazer e me passar o resultado no fim do dia. Será uma visita rápida, evitando adentrar na intimidade das famílias. Mas uma conversa próxima, a ponto de passar confiança à vítima, de que ela tem a nossa atenção, e caso a violência se repita, tenha confiança em nos informar”, explicou.
Além da proteção a vulneráveis, que é feita através de visitas residenciais, o Núcleo de Combate à Violência tem as seguintes ações como prioritárias: visitas comerciais, termo circunstanciado (passarão a ser feitos no próprio local da vítima), perturbação do sossego, bebidas alcoólicas, combate às drogas, furto e roubo, e vizinho vigilante.
Só em Laranjeiras do Sul, são registrado em média, 20 notificações de perturbação ao sossego por semana, seguida de violência domestica e furto e roubo. A PM vai facilitar para que os outros municípios possam fazer o termo circunstanciado no local, sem ter vir à laranjeiras, como funciona hoje.
O Núcleo começa os trabalhos em Laranjeiras do Sul, mas de acordo com o sargento Clarel Ferreira, a intenção do capitão Busnello é de que a PM estabeleça parceria semelhante, envolvendo as secretarias de Saúde e Assistência Social, em todos os outros seis municípios de responsabilidade da 2ª Companhia (Virmond, Marquinho, Nova Laranjeiras, Porto Barreiro, Rio Bonito do Iguaçu e Cantagalo).
