Vesteterapia, a Terapia Através do Vestuário, Acessórios e Penteados
Luciana do Rocio Mallon, que estreia sua coluna semanal para Comcafé, a partir desta terça-feira (07), vive em Curitiba,  é formada em Letras pela UFPR , Magistério pelo Colégio São José, Hospitalidade pelo CEP , faz repentes e pesquisa lendas desde os 6 anos de idade. Lançou o livro Lendas Curitibanas em 2013 e também participou das antologias: Concurso Literário Expert, Concurso SESC de Contos de Literatura Infantil, Poetas de Curitiba, As Herdeiras de Lilith, Ossos do Ofício, Túnel do Tempo – Crônicas Curitibanas, Conexão II e Conexão III. Realiza “performances” voluntárias em eventos, trabalhou por mais de dez anos como vendedora no comércio de Curitiba, participou do primeiro conselho de leitores da Gazeta do Povo e é colunista voluntária da revista A Empreendedora. Trouxe a Vesteterapia, que é o estudo esotérico através das roupas, para o Brasil. Facebook: https://web.facebook.com/lucianadorocio https://web.facebook.com/LendasDaTiaLuciana/; Blog: http://lulendasepoesias.blogspot.com.br/; Twitter: https://twitter.com/lucianadorocio; Whats: 41 9965 12567; E-mail: luapoetisa@hotmail.com

Vocês sabiam que é possível transformar o humor e até amenizar enfermidades através das roupas? Sim, a análise esotérica da influência do vestuário nas emoções e comportamento das pessoas chama-se Vesteterapia.

As primeiras roupas apareceram na Idade da Pedra. Pois, na Pré-História, os humanos começaram a confeccionar suas vestimentas com peles de animais, fios de plantas e agulhas de ossos. Já, naquele tempo, surgiu o mito de que o homem pegava as mesmas características do animal da pele que estava vestindo no momento. Com o passar dos anos o ser humano descobriu o algodão, o bicho da seda, o linho e etc. Desta maneira começou a criar novos modelos e cortes de roupas.

Na Antiga Grécia, as mulheres ficavam numa parte da casa chamada gineceu onde aprendiam os dotes do lar e também atividades artísticas que passavam de mãe para filha. Lá elas treinavam, também, corte e costura. Naquele período as senhoras passaram a notar que o comportamento das pessoas mudava de acordo com as roupas que elas vestiam. As Antigas Egípcias e Celtas também observaram isto.

Agora, em pleno século vinte e um, arqueólogos, historiadores e terapeutas holísticos estão resgatando os valores da Vesteterapia.

As vestes com suas estampas, seus cortes, seus modelos, suas cores e seus formatos podem influenciar o comportamento das pessoas por meio de mensagens subliminares. Exemplos:
– Uma roupa com uma estampa colorida, estilo as obras do artista plástico Romero Britto, pode animar uma pessoa triste mesmo que seja por apenas algumas horas.

– Quando uma dama está cansada e sentindo um peso em seus ombros, é recomendável que ela use uma blusa com o decote canoa, que deixa os ombros livres.

 Pois esta peça permite que a energia acumulada nos ombros fique livre para voar nem que seja por pouco tempo.

Inclusive o escritor, Carlos Drummond de Andrade, escreveu um poema, chamado Os Ombros Suportam o Mundo, que dá uma introdução sobre isto.

 Se alguém deseja praticar um esporte num lugar quente, é recomendável uma blusa regata porque ela deixa o braço, o antebraço e as mãos livres. Esta peça possui a seguinte mensagem:
“Estou com os braços livres para lutar no esporte, porém meus braços e mãos também estão livres para cumprimentar e abraçar os adversários.”

– Quando uma moça precisa se reconectar com suas antepassadas é bom que ela vista uma saia comprida até os pés, ou, tornozelos porque esta peça liga a mulher com as forças do solo e de quem já passou por aqui. Pois no momento em que uma dama coloca uma saia comprida e rodada, suas energias se conectam com a “Mãe-Terra” porque as vibrações do solo entram com facilidade no corpo quando alguém veste saia. Esta troca de energia forma a base para a sensação de bem-estar. As meninas, nas brincadeiras quando seus pais saem de casa, também preferem usar saias rodadas porque se elas esticarem os lados destas peças com suas mãos dá impressão de que surgem asas a partir das ancas. Há uma frase popular que fala assim:

“As asas invisíveis das mulheres angelicais não estão nas costas e, sim nas ancas.”
Afinal, as ancas lembram os ovários, que são fontes essenciais da vida.
Na hora em que uma moça de saia comprida e rodada faz um giro, ela está reverenciando a liberdade e espalhando amor ao mundo. Pois este gesto significa que depois de tanto tempo sendo reprimida, a mulher pode girar para onde quiser e se sentir livre. Não é por acaso que a Dança Cigana e a Dança Flamenca trabalham com saias rodadas e muitos giros.

– Já as roupas com estampas românticas, como flores e corações, auxiliam na conquista amorosa de algum pretendente. Há uma tradição antiga que afirma que quando uma mulher deseja conquistar romanticamente um homem, é aconselhável colocar um vestido florido de tamanho médio. Pois este tipo de peça desperta delicadeza, necessidade de proteção e um suave mistério.
Com relação às estampas com formato de corações, elas apareceram nas Antigas Mesopotâmia e Babilônia. Mas caíram em desuso por algum tempo. Mas voltaram à moda nas roupas das rainhas medievais.
Quando uma pessoa está carente de amor é bom que ela coloque estampas com corações porque o coração é símbolo da paixão e seu desenho estimula até mesmo o amor próprio.

– Porém, as roupas com estampas de bichos estão relacionadas com a sensualidade e com o lado da libido do ser humano, ou seja, com o lado animal. Por isto muitos estilistas dizem que estampas de bicho são vulgares. No fundo esta é uma maneira preconceituosa de julgar as vestes porque cada pessoa, em seus momentos de lazer, tem o direito de se vestir como quiser.

Durante mais de dez anos trabalhando em lojas de roupas notei que a Vesteterapia faz sentido e é real. Pois eu via a cara de satisfação das clientes depois que experimentavam uma roupa que atendia aos seus gostos, ao mesmo tempo, que faziam com que elas se sentissem à vontade.

Em 2018, as últimas tendências da moda são: gola chocker e estampa de unicórnio.

A gola chocker fazia sucesso entre as mulheres há 3000 anos antes de Cristo na Mesopotâmia. Pois uma deusa daquele lugar era representada usando um vestido, com este tipo de gola, porque precisava proteger a garganta, onde seus poderes estavam concentrados. Enheduana, poetisa da Mesopotâmia costumava usar gola chocker em homenagem a esta deusa e, também, para proteger sua garganta já que declamava versos.

As estampas de unicórnio estão na moda. Pois este animal representa, desde a época da Mitologia Grega, a tolerância LGBT, assunto tão importante neste momento. O unicórnio também representa a nova era, a pureza e o poder da intuição do terceiro olho, que no seu caso, se encontra no chifre.

Hoje é necessário observar como a moda tem o poder de influenciar o comportamento de todas das criaturas deste mundo.

 O hábito pode não fazer o monge, mas a roupa pode iluminar a alma.

 

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