População quer funcionando escolas que juntas custaram mais de R$ 10 milhões

Parece piada “sadista” (no mais amplo sentido da palavra): Uma escola parada, agora por alegação de que falta o sistema de esgoto (depois de todo o drama para a liberação pelo DNIT), outra o sistema elétrico.

Escola Técnica de Laranjeiras do Sul.
Escola Técnica de Laranjeiras do Sul.

Ambas instituições são citadas pela atual e anterior gestão municipal. Ora por esta ter trazido-as, alegando que não estão sendo bem conduzidas. Ora por terem sido trazidas sem planejamento adequado, como foi o caso da Escola Técnica, construída muito próximo da BR 158, sofrendo intervenção do DNIT, já depois de pronta. Assim como a Escola Estadual José Marcondes Sobrinho, no Bairro São Francisco, cuja explicação da atual administração municipal é de que o recurso já estava perdido, por ter sido informado um terreno inadequado no projeto inicial, e que graças a sua atuação, a Unicentro cedeu o terreno onde hoje está construída, e que isto teria tumultuado o planejamento do projeto, ficando falha na parte elétrica. Motivo pelo qual, ainda se encontra fechada, mesmo pronta há mais de um ano.

Se isso terá peso político, neste ano de eleições municipais, não se sabe. O que é indignante para qualquer cidadão, é ver duas instituições que juntas somam mais de R$ 10 milhões, independente de serem emendas deste ou daquele deputado federal, uma vez que os recursos saem todos do cofres da união, e que vieram do bolso de cada contribuinte.

Escola Estadual, José Marcondes Sobrinho.
Escola Estadual, José Marcondes Sobrinho.

Durante discurso de abertura dos trabalhos na Câmara Municipal, o secretário de Governo e Gestão, Gizélio Linhares, mandou um recado para o diretor da Escola José Marcondes Sobrinho, demonstrando que a cobrança e inquietude da comunidade são tão intensas, que gerou azedume na relação com o diretor. “Peço para que avisem o diretor Antônio, que se acalme, pois a carta de viabilidade da Copel já é uma barreira vencida”, disse Gizélio.

Com relação à Escola Técnica, ainda de acordo com Gizélio, o problema agora “é mais embaixo. Trata-se do sistema de esgoto que não foi contemplado no projeto, e agora, depois de vencida a barreira com o DNIT, a população terá de esperar a execução da obra de saneamento, que foi licitada no dia 18 de dezembro último.

Embora aparentemente os descasos sejam dos contratantes da obra, no caso o Estado, essa falha não deixa de representar a desatenção de todos os envolvidos, tanto da gestão atual como anterior, que na ansiedade de quererem anunciar aos quatro ventos, uma que trouxe as benfeitorias, outra que está viabilizando, deixaram de prestar atenção em detalhes fundamentais, que hoje significam um grande prejuízo e desrespeito com algo que não pode ter importância política maior que o acesso da população a bens públicos oriundos de suas contribuições.

Os episódios que poderiam receber uma série de jargões e clichês de mau gosto, como “morreu a beira da praia”, ou seja, depois de sair do bravo mar do bolo único do orçamento federal, falham em detalhes que poderiam ter sido palpáveis por quem está mais próximo. É uma estupidez administrativa inexplicável.

 

 

 

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