A voz das ruas precisa prevalecer

O colunista semanal de Comcafé, Alessandro Kominecki, que publica às segundas-feiras, é professor de Geografia, especialista em Educação do Campo e membro da APP-Sindicato núcleo de Laranjeiras do Sul. Atua como professor na rede estadual de ensino do Paraná. 

De toda conjuntura histórica de manutenção de direitos trabalhistas nas ultimas décadas, a classe trabalhadora passou por ciclos de avanços e ciclos de retrocessos. A conjuntura atual mostra que a maioria da população não se sente representada pelas instituições representativas do país, reflexo da inserção de um projeto de governo que não chegaria ao poder pelo voto democrático.

O desmonte trabalhista que vivenciamos é reflexo de um golpe que além de ferir nossa jovem democracia atinge diretamente os trabalhadores, está desmontando a nação. É um projeto de país que pune os trabalhadores, que pune os pobres e gera miséria, pobreza; golpe de classe armado para atender aos interesses da minoria e que produz um Brasil para poucos (Estado Burguês), não um Brasil democrático que contempla todos os duzentos e poucos milhões de habitantes, todos os segmentos da sociedade. A cada dez ou vinte anos que os trabalhadores se organizam, conseguem ascenção social, conquistam direitos e qualidade de vida, armam contra o povo, usam as instituições representativas para colocar em prática o velho projeto neoliberal que usurpa a dignidade social.

Esse país que a classe dominante tenta construir não nos serve, o Brasil é formado por vários povos e o projeto politico precisa contemplar a todos e todas. Por isso a sociedade precisa resistir a tudo isso, e o lugar da resistência é a praça, é as ruas. Não podemos aceitar um país que exclui, que pune e tem ódio do pobre, do negro, do Quilombo, do indígena, etc. No dia 28 de abril (sexta feira) os trabalhadores sairão as ruas para mostrar mais uma vez sua resistência e descontentamento frente as reformas, e aproveitar a ocasião para discutir novamente que modelo de país idealizamos.

O funcionalismo público também irá paralisar suas atividades nesse dia de greve geral (28/04),
porém cabe evidenciar que as reformas não atingem somente esse segmento da sociedade,
atinge a todos (as), desde o trabalhador do campo ao da cidade, a unidade de todos os
trabalhadores fará a diferença nesse ciclo de retrocessos que estamos presenciando.

Precisamos unificar nossa luta enquanto classe trabalhadora, e não deixar nosso futuro em risco. A voz das ruas precisa ser ouvida, não vamos deixar meia dúzia de políticos decidir o futuro dessa nação.

“O Estado somos nós”

Lenin

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