Bá, Tchê!

Diego Mendonça.Diego Mendonça Domingues é Engenheiro civil, formado pela Universidade Federal do Paraná. Pós-graduado em administração tributária e integrante do levante popular da juventude e publica sua coluna todas terças-feiras, no Portal Comcafé.

A pedido de minha avó Lenir, mãe de minha mãe, escrevo um texto relacionado ao que ela chamou de “Dia do Gaúcho”.

Primeiramente, Fora Temer, vovó.

E parabéns às gaúchas e gaúchos espalhados pelo nosso Brasilzão!

Em 20 de Setembro de 1835 começou a mais longa guerra separatista da história do Brasil. A resistência da proclamada República Rio-Grandense diante do Império do Brasil, que durou quase dez anos, é lembrada com orgulho pelos que se identificam com o gauchismo e com os valores farroupilhas de liberdade, igualdade e humanidade. Apesar de haver no imaginário popular o conceito de que o movimento era de grandes ideais – como o abolicionista – o que de fato ocorreu foi uma revolta dos grandes fazendeiros, sendo os negros colocados como bucha de canhão na ocasião.

Entretanto, o que se comemora no dia de hoje é mais a percepção romantizada mesmo da Guerra dos Farrapos, o mito da vida no campo rio-grandense e as tradições gauchescas. Sendo assim, também não se deve relacionar esse momento de alegria e festa com o movimento separatista desvinculado de qualquer escrúpulo “O Sul é Meu País” atual (que em certo ponto se referencia naquele do século XIX) – verdadeiro exemplo de falta de consciência política, exemplo o qual não busca a unidade e soberania da nação brasileira, valores já previstos na constituição.

Os Centros de Tradições Gaúchas (CTG’s) fazem um papel importante durante todo o ano ao promover essas tradições das quais os sulistas tanto se orgulham. Espalhados pelo Brasil reforçam o gauchismo organizando eventos como festas, refeições e promovendo o exercício de danças e músicas, por exemplo, especialmente para que a juventude não perca a lembrança do que é ser gaúcho.

Feriado estadual no Rio Grande do Sul, a data de 20/09 é celebrada com os costumes típicos do povo gauchesco, desde pratos típicos, até vestimentas e cultura em geral.

Apesar de distantes na data de hoje, minha vó, saúdo a ti com um mate gostoso, num chimarrão como o da foto, e canto orgulhosamente: “Eu sou do Sul!”.

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