Centro da Juventude de Laranjeiras do Sul oferece atividades culturais e esportivas o ano inteiro

A qualquer época do ano, é possível que os adolescentes entre 12 e 18 anos, comecem a participar de alguma das oficinas que variam entre Dança, Teatro, Natação, Caratê, Judô, Vôlei, Basquete, Desenho, Artesanato e Música.

Oficina de Dança, com a instrutora Thaís Ramos.
Oficina de Dança, com a instrutora Thaís Ramos.

As atividades culturais e esportivas, oferecidas no Centro da Juventude Aurélio Romancini Neto, em Laranjeiras do Sul, são voltadas para o público iniciante, que pode aderir à alguma das diversas oficinas em qualquer período do ano.

De acordo com a coordenadora, Rosangela Maria da Boit Silva, os cursos e oficinas ficam a disposição do público o ano todo, o que possibilita que os adolescente experimentem as atividades, e possam permanecer naquela que mais se identificarem, além de poderem participar de mais de uma ou duas oficinas, de acordo com o tempo livre de cada um.

Oficina de Judô, que faz parte do Projeto Esporte e Cidadania, com o professor Amauri.
Oficina de Judô, que faz parte do Projeto Esporte e Cidadania, com o professor Amauri.

Para o ano de 2016, o Centro da Juventude conta com o patrocínio da Petrobrás para o Projeto Esporte e Cidadania, que é firmado com o Estado, atendendo a uma gama de municípios. O coordenador do Projeto e professor de Caratê, Amauri Camargo, conta atualmente com 49 alunos em suas oficinas, e diz que eles levam a sério. “Os resultados são de resgate da autoestima, dos valores e da cidadania, que muitas vezes são perdidos ou nem chegam a ser consolidados, pelo distanciamento dos pais, que ocupados de muitas coisas, acabam não acompanhando a vida cotidiana de seus filhos. Mas nossa missão é integrá-los de maneira consciente, à sociedade “, assegura o professor.

Oficina de Teatro.
Oficina de Teatro.

A instrutora da oficina de teatro e natação, Suelem Tacolini, que tem formação em Educação Física, conta que muitos talentos são revelados durante o período em que os adolescentes frequentam as oficinas. “Aqui, eles se descobrem, identificam seus talentos e podem aprimorá-los em cursos mais aprofundados em outros espaços”, comenta a professora.

Aula de música com o instrutor Nil Walace.
Aula de música com o instrutor Nil Walace.

O instrutor de música, Nil Walece Cardoso, conta que se descobriu músico ao participar da banda da Igreja Adventista. “A partir daí, pedi ajuda para um amigo e tive que ser autodidata. Mas tenho a felicidade de já estar podendo transmitir o que sei para um grupo grande de meninos e meninas que hoje contam com essa facilidade”, conta Nil, que tem em média 140 participantes em suas oficinas de música. Nil também é professor de Judô, no Centro da Juventude.

A professora de dança, Thais Ramos dos Santos, observa que a procura maior ainda é pelo público feminino. “Temos uma turma de 13, e nela só um menino”, salienta.

A pedagogia utilizada para atrair os alunos

“Eles chegam aqui com uma música na cabeça e, em geral chegam dizendo que gostariam de executá-la. Então aproveitamos isto para mostrar o passo a passo, os instrumentos e assim de forma mais prática ir falando da parte teórica sem causar impacto negativo. Assim, vão assimilando, reforçando ou redefinindo seus interesses”, explica o professor de música, Nil.

Já a professora de Teatro e Natação, diz que como no palco podem ser trazidas todas as expressões e emoções, planejam juntos as mini peças que ao serem ensaiadas vão situando os participantes sobre seus limites e potencialidades. “Minha formação é em Educação Física. Aceitei ser instrutura da turma por serem oficinas de teatro amador, onde eu também pesquiso e aprendo. Tem sido uma experiência muito rica”, relata Suelen.

Nas artes Marciais, os professores Amauri e Nil, dizem que ensinam desde os primeiros encontros o respeito e a hierarquia. E que todo o aprendizado vai se tornando viável, mesmo para aqueles que demoram mais a assimilar o aprendizado, por meios das regras hierárquicas.

O sentimento dos alunos sobre as oficinas

Danilo A. R. e Eva Luzia R. S. colegas nas oficinas de Caratê.
Danilo A. R. e Eva Luzia R. S. colegas nas oficinas de Caratê.

Os colegas de caratê, Danilo Antônio dos Reis (15) e Eva Luzia Ribeiro Schaoeder (14), Ele na 2ª e ela na 1ª serie do ensino médio no Colégio Gildo Aluísio Schuck, comungam do mesmo sentimento em relação ao respeito pelo que se faz, inclusive pela oportunidade de acesso às oficinas. “Posso resumir dizendo que não quero mais sair daqui”, diz Eva. “Aprendi a ter mais auto controle e respeito por tudo o que faço”, relata Danilo.

Já o adolescente Edcesar dos Santos (20), conta que já passou da idade de participar, mas que continua frequentando o Centro da Juventude, por sentir muita falta de atividades para o publico da sua idade, no município. “Eu venho aqui, principalmente nos dias que tem aula de teatro, pois é o que gosto muito. Como tenho bom comportamento e o pessoal me conhece por já ter participado de varia apresentações no município, me deixam participar”, brinca. O Edcesar contou que está feliz por ter encontrado um outro espaço, onde poderá fazer uma formação como ator, com certificação, o que lhe proporcionará seguir fazendo o que gosta.  “Fui orientado recentemente pela pedagoga aqui do Centro da Juventude, Elvira Antoniazzi, a matricular-me no TULS, um grupo de teatro profissionalizante que está se formando aqui em Laranjeiras”, comemora.

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