Como se estivesse no próprio caminho de Swann

Tarde proustiniana, quase que perfeita. Como se estivesse indo a Guermantes, e parado para admirar os pilriteiros (flor preferida de Swann – Em Busca do Tempo Perdido), passou por um limoeiro siciliano, quando ia de Laranjeiras do Sul à Sulina, naquela manhã. Como o limoeiro fica à beira da BR, o que lhe pareceu um tanto de domínio público…decidiu que na volta colheria uns frutos do pé carregado(não tendo conseguido tirar mais do que três). Conforme o planejado, na volta parou para dar a devida atenção à raridade, fotografar e se apropriar da iguaria nunca imaginada existir na região, já imaginando o sabor das madeleines que faria, com os frutos recém tirados do pé. Mãos à obra, dando o devido crédito do sabor e inspiração ao limoeiro, chá da tarde com as melhores madeleines que já fizera. Além de lindas e deixarem a casa com um aroma delicado e aconchegante, bom mesmo é degusta-las a lá Swann, em sua infância revivida pelas lembranças das refeições em família, molhando-as no leite Nan (para o filho bebê) ou no Chá (como é de sua preferência). “Creio que Proust não se importaria com a minha pretensa e utópica comparação..sorry…rs”, divaga a melancólica caminhante.

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