Escoteiros formalizam apoio ao Movimento pela Memória e pela Vida

“O compromisso para com a qualidade de vida das gerações futuras e o interesse público em preservar a área do Seminário dos Xaverianos, foram as razões comuns entre os representantes do Movimento e Escoteiros”


O encontro entre representantes dos Escoteiros e do Movimento em Defesa da Memória e da Vida – que em parceria com outras instituições, lutam  pela municipalização do Seminário dos Xaverianos, área central de Laranjeiras do Sul –  aconteceu na noite desta quinta-feira, nas imediações do Iguaçu Tênis Clube, do qual participaram, pelo Escoteiros, Anderson Carlos da Silva (diretor técnico), Daniele Irene Kislarek (secretaria), Maria Terezinha Maximowski (chefe dos lobinhos) e Cleverson Augusto Pereira (chefe Escoteiro).

Pelo Movimento em Defesa da Memória e da Vida, os professores Marisa Walendolf (historiadora) e Alessandro Kominecki (geógrafo), apresentaram os motivos da luta coletiva que já conta com o apoio de servidores e estudantes da  Universidade Federal da Fronteira Sul, Câmara de Vereadores, Observatório Social, APP-Laranjeiras (Sindicatos dos Trabalhadores em Educação), e segue cumprindo agendas com outras instituições da sociedade, para que todos compreendam a causa coletiva.

Marisa Walendolf expôs aos grupo, a importância cultural daquele espaço, que simboliza uma referência do patrimônio cultural imaterial do município. “A comunidade laranjeirense vem demonstrando o carinho e apreço que aquele local representa para muitas gerações. E tem a questão ambiental, que não podemos ignorar”, destacou a historiadora.

O Professor Alessandro discorreu sobre o impactos ambientais no âmbito hídrico, observando que tem ainda, toda a questão da Flora e da Fauna, que aquele espaço, em conjunto com a área do Jabuticabal, representam. “Conforme o estudo hídrico que desenvolvi com base na ciência, e que estou disponibilizando pedagógica e publicamente (https://m.youtube.com/watch?v=bL–b4KmSQQ), é inimaginável deixarmos que ocorra a perda de uma área de sensibilidade hídrica tão importante para Laranjeiras. Isto falando só da questão hídrica. Mas, tem toda a parte da vegetação e dos amimais em extinção que habitam aquele complexo”, sintetizou Kominecki.

Para a escotista Maria Terezinha Maximowski, o espaço deve ser tornado de uso da comunidade. “Eu acho muito, mas muito importante que aquele espaço permaneça preservado e de uso da comunidade. Acho que a prefeitura tem mais é que escutar a comunidade e abraçar esta causa”, disse.

Para Anderson Carlos da Silva, essa causa deve ser de todo o município. “É algo que não é só deste ou daquele movimento. Mas uma causa necessária para a cidade, que vai preservar nossa história e o nosso futuro”, defendeu.

O jovem Cleverson Augusto Pereira disse que não se trata só do valor comercial do terreno, mas todo o valor ambiental e cultural que ele tem. “A gente não pode pensar só em nós hoje, mas nas futuras gerações. É isso que o escotismo prega, e é isto que o Movimento está buscando também”.

Já, Daniele Irene Kislarek, disse que ao conhecer com mais profundidade o que representa o desastre ambiental anunciado, não dá para aceitar que se concretize. “Eu não tinha noção do tamanho que seria do desastre ambiental daquilo todo. A partir desse momento, na medida do possível, vamos ajudar em tudo o que pudermos, envolver os demais integrantes e as crianças, para elas também se envolverem com essa causa ambiental”, completou.

Nesta sexta-feira (01), o Movimento aguarda ofício dos jurídico da prefeitura, no qual deve conter o posicionamento do Prefeito Berto Silva e as orientações sobre as possibilidades jurídicas para a aquisição do referido Terreno. “O jurídico da prefeitura nos entrega esse ofício por escrito, contendo o posicionamento do prefeito e possibilidades, até esta sexta-feira”, disse o Vereador Celso Azevedo, um dos integrantes da Comissão de Agroindústria, Agricultura e Meio Ambiente, na Câmara de Vereadores de Laranjeiras do Sul.

 

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