A espera tem variado entre 30 minuto e 1 hora, relata um usuário do serviço.

A casa lotérica Milenium, situada na Rua XV, próximo à Praça do Cinquentenário, costuma ter filas grandes, indo da rua até o interior do estabelecimento, o que comprova a necessidade de atendentes em todos os caixas, principalmente em períodos de pagamentos, que costumam ser entre os dias 01 e 10 de cada mês.

No entanto, é recorrente a reclamação da clientela, sobre a manutenção de apenas um caixa funcionando, o que prejudica a rotina de quem tem pouco tempo para pagar boletos nos intervalos do trabalho. “Cada vez que venho aqui, perco muito tempo. Quando sou atendido em meia hora, já é um ganho”, afirma o trabalhador autônomo, Alberto Fiinger.

Questionada sobre a demora e ao fato de ter um único caixa realizando o trabalho, quando o fluxo se mostrava atípico, a atendente que não quis se identificar, disse que era proibido fazer reportagem sobre o estabelecimento, que classificou como privado, embora tenha dito que a Caixa Econômica Federal (banco público) é que poderia dar informações sobre os questionamentos acerca do serviço.

A atendente que não usava crachá, se manteve no anonimato e ameaçou mover ação jurídica, caso imagens da referida lotérica fossem publicadas, informou ainda que a partir das 13h, todos os três caixas ficam ativos, todos os dias.

A confusão sobre o caráter público de empresas privadas que prestam serviços a bancos públicos ou ao SUS, não é exclusiva da referida lotérica. Há algum tempo, um hospital que atende pelo SUS, fez ameaças e moveu processo contra uma jornalista, por esta mencioná-lo, de acordo com o diretor, sem a autorização da entidade.

Só faltava termos de perguntar agora, se abusadores do direito alheio querem ou não serem vistos como tal.