Luciana do Rocio Mallon, que piblica semanalmente para Comcafé, vive em Curitiba,  é formada em Letras pela UFPR , Magistério pelo Colégio São José, Hospitalidade pelo CEP , faz repentes e pesquisa lendas desde os 6 anos de idade. Lançou o livro Lendas Curitibanas em 2013 e também participou das antologias: Concurso Literário Expert, Concurso SESC de Contos de Literatura Infantil, Poetas de Curitiba, As Herdeiras de Lilith, Ossos do Ofício, Túnel do Tempo – Crônicas Curitibanas, Conexão II e Conexão III. Realiza “performances” voluntárias em eventos, trabalhou por mais de dez anos como vendedora no comércio de Curitiba, participou do primeiro conselho de leitores da Gazeta do Povo e é colunista voluntária da revista A Empreendedora. Trouxe a Vesteterapia, que é o estudo esotérico através das roupas, para o Brasil. Facebook: https://web.facebook.com/lucianadorocio https://web.facebook.com/LendasDaTiaLuciana/; Blog: http://lulendasepoesias.blogspot.com.br/; Twitter: https://twitter.com/lucianadorocio; Whats: 41 9965 12567; E-mail: luapoetisa@hotmail.com

No século dezenove, onde hoje é a cidade de Laranjeiras do Sul, havia um sítio onde morava um casal de lavradores, chamado Maria e Toni, que tinha sete filhos. O último menino se chamava Zé que era sensível e educado. Porém as pessoas costumavam fazer bullying e falavam para sua mãe frases do tipo:

– Reza a lenda que o sétimo filho homem, de qualquer família, vira lobisomem ao completar treze anos de idade.

Por isto Zé era tímido. Porém gostava de fazer brincadeiras de circo, como malabares, por exemplo.

Quando chegou o aniversário de treze anos do Zé, Maria fez um bolo para o garoto. Assim a família inteira cantou a música dos parabéns no período da tarde.

Porém naquela noite de Lua Cheia, na madrugada, Zé sentiu tonturas, pelos começaram a aparecer na sua pele e ele se transformou num lobisomem. Assim começou a uivar e ele saiu pela janela estrada afora.

Quando o Sol apareceu, Zé voltou a ser um adolescente. Mas viu que estava longe de casa. Assim sentiu vontade de comer sal e por isto bateu palmas na primeira casa que avistou. Deste jeito uma idosa atendeu e perguntou:

– Em que posso ajudar?

O menino pediu:

– Preciso de sal, senão desmaiarei.

A anciã deu uma xícara de sal para o jovem que engoliu o produto por inteiro. Desta maneira, ela comentou:

– Você é o Zé, filho do Toni?

– O sétimo filho?

– Se for, tenho certeza que virou lobisomem, ontem.

– Pois todo o lobisomem, depois de suas atividades noturnas, sente vontade de comer sal. Pois a transformação tira todo o sódio do corpo.

Após escutar isto, o garoto saiu correndo em direção a sua casa.

Quando ele chegou à fazenda, disse para sua família:

– Eu sei que sou um lobisomem.

– Por isto, fugirei com o circo que chegou ontem aqui. Pois lá poderei mostrar meus dotes artísticos e se eu virar lobisomem, as pessoas podem pensar que faz parte do meu show.

Desta maneira Zé fugiu com o circo. Mas dizem que quando ele completou cinquenta anos de idade voltou ao sítio de sua família em Laranjeiras do Sul.

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