Desde que uma empresa que processa resíduos dos frigoríficos, se instalou em Laranjeiras do Sul, há mais de 10 anos, principalmente nos dias mais quentes, moradores da cidade e comunidade acadêmica da UFFS, sofrem com o mau cheiro.

As reclamações entre membros de grupos de whatsapp e facebook são recorrentes, mas se intensificaram desde a quarta-feira (17), quando o mau cheiro se intensificou na área urbana de Laranjeiras do Sul. Dentre os comentários, muitas pessoas pedem orientação, pois dizem que já ligaram na ouvidoria da prefeitura, mas não obtiveram encaminhamento. “Gente…o fedor que esta cidade está. Não é possível que não existam meios de evitar o cheiro desagradável na cidade inteira”, postou uma contribuinte. “É de não se acreditar que a gente se esforça para ter alguma qualidade de vida, paga impostos e é obrigado a ter que respirar um ar horrível desse”, desabafou outro morador.

Os desabafos são muitos e recorrentes, ano a ano, mas o diretor da vigilância sanitária do município, Luiz Andrade Aquiles, informa que se trata de responsabilidade de órgãos federal e estadual. “Eu visito constantemente a fábrica Caprini, que surgiu a partir da chegada dos frigoríficos, pois trabalha com o processamento de resíduos. No entanto, nossa função lá, é averiguar as condições dos trabalhadores e não de aplicar penalidades por causa do cheiro, pois essa função fica a cargo de órgãos superiores como o IAP – Instituto Ambiental do Paraná ‘que agora passou a se chamar Instituto Água e Terra'”, enfatizou o agente público.

Aquiles reforçou ainda, que ele próprio já formalizou reclamação junto ao órgão estadual para que tomem providencias sobre o mau cheiro, e que a população também pode entrar em contato com o Instituto Água e Terra pedindo providencias para o problema ambiental, que há anos, causa transtornos e segue sem solução.

Contato do órgão estadual responsável, em Guarapuava: 4ª Cia da Polícia Ambiental, em Guarapuava (42) 3621 – 7900

A empresa que é apontada como originária do mau cheiro

No site da empresa Caprini, que anuncia três produtos: farinha de carne e ossos; farinha de sangue e sebo industrial, encontram-se as seguintes informações:

“Há mais de 15 anos no mercado, a Indústria Caprini atua como unidade de negócio independente que processa subprodutos e/ou resíduos dos abatedouros ou frigoríficos e casas de comercialização de carnes (açougues) que não servem ao consumo humano, como por exemplo: sangue, ossos, cascos, gorduras, vísceras, etc.

Nossa graxaria é certificada no âmbito municipal, estadual e federal. Sendo assim, contamos com a inspeção federal regulada e fiscalizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, pois é grande a preocupação da empresa com a preservação do meio ambiente, assumindo assim a responsabilidade ambiental de nossos fornecedores e parceira quanto ao destino dos resíduos.

Contamos com uma equipe de coleta treinada e especializada, realizando as coletas em caminhões próprios e diariamente, se necessário, em diversas regiões do estado.”

Ainda no ícone MISSÃO, a empresa se compromete com o seguinte: “Atuar de forma consciente com a destinação correta do material coletado, agindo com responsabilidade social, ambiental e contribuindo para o desenvolvimento do país.”

A reportagem entrou em contato por meio do whatsapp informado no site da empresa, pedindo para falar com o responsável técnico, e recebeu o nome de Rafa e um número de whatsap. Mas este, não retornou o pedido de informações sobre o mau cheiro.

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.