Mulheres do MST debatem Política Nacional de Saúde no Campo
Criado em 2005 e com portaria em vigor desde 2011, o Plano Nacional que contempla as populações campestres, por meio do SUS, significa avanço e dignidade.
Cerca de 80 mulheres estiveram reunidas durante esta semana, no Seminário Francisco Xavier, em Laranjeiras do Sul, para debater sobre grupos produtores organizados de mulheres, cm ênfase n agroecologia, e principalmente, sobre A Política Nacional de Saúde das Populações do Campo e da Cidade, que consideram um grande avanço, mas que precisa ser acompanhada e aperfeiçoada. Elas vieram de Porecatu, Londrina, Cascavel, Querência do Norte e dos assentamentos da região de Laranjeiras do Sul.
De acordo com uma das líderes do grupo que participava dos debates, Elaine Marchioro, que também faz parte do Coletivo de Saúde do Estado, o debate sobre agroecologia também faz parte do tema Saúde. outro item que diz não poder deixar de ser debatido, nas discussões do Plano Plurianual, fazendo constar nos documentos oficiais, é saneamento básico, assim como tratamento de resíduos sólidos e orgânicos. “Durante planejamento plurianual, que são realizados pelos municípios, precisamos ter claras as nossas demandas, considerando sempre os saberes populares, bem como as alternativas fitoterápicas”, acrescentou Elaine.
Durante o encontro de terça-feira (19), o grupo teve palestra com o médico Alvino Camilo, que fez uma retrospectiva sobre Saúde no Brasil, os avanços do SUS e a importância de que os estados reconheçam as necessidades específicas das populações do campo, realizando estudo dos impactos dos fatores a que são expostas. “Não se pode deixar e considerar as consequências das relações de trabalho, como exposição direta aos agrotóxicos e também ao sol, que é fator atenuante tanto de saúde, como de doença”, disse o médico Alvino Camilo.
Outro importante instrumento, apontado por Elaine e Camilo, no sentido de garantir que os direitos de acesso a saúde das populações do campo estejam nas pautas de discussões, é a presença de representantes nos conselhos municipais e estaduais de saúde, em todas as esferas de decisão, para que se tenha equidade nas políticas.