O Brasileirão 2016 começa sem grandes favoritos na divisão de elite

Diego MendonçaDiego Mendonça Domingues é Engenheiro civil, formado pela Universidade Federal do Paraná. Pós-graduado em administração tributária e integrante do levante popular da juventude. Todas as quintas-feiras, publica sua coluna no Portal Comcafé.

Na primeira semana bombástica de presidência interina de Temer, a qual contou com grandes pretensões de mudanças por parte do alto escalão do governo – especialmente na área da saúde (em que o paranaense Ricardo Barros declarou ser necessário piorar o SUS), educação (pasta na qual o ministro Mendonça Filho defende cobrança de mensalidade em universidades públicas), relações exteriores (com José Serra), extinção do Ministério da Cultura e ingerência na Empresa Brasileira de Comunicação, para ficar em alguns exemplos – começou um dos maiores e melhores campeonatos de futebol do mundo: o Brasileirão 2016.

Diferentemente de alguns anos anteriores, nos quais principalmente Atlético-MG, Corinthians, São Paulo e até Cruzeiro entravam na competição como favoritos, este ano podemos cruzar o país do Chuí ao Oiapoque e não encontraremos um elenco qualificado a ponto de se apontar favoritismo, nem um time entrosado a ponto de se dizer que este ano o título está encaminhado. Isso ocorre na série A, pois na divisão de acesso a equipe vascaína deve nadar de braçadas rumo à taça, e nada menos se espera de um Vasco que sobrou em campo até no campeonato carioca.

Voltando aos quadros principais, a primeira rodada da divisão principal mostrou times ainda em formação. Com a pior média de gols na história dos pontos corridos para uma primeira rodada, os destaques ficaram para Palmeiras (numa vitória implacável contra o campeão paranaense Atlético) e Santa Cruz (que derrotou por 4 a 1 o Vitória nesse clássico nordestino).

O badalado Corinthians não saiu do empate contra o Grêmio jogando em São Paulo, e o Flamengo teve uma vitória magra em cima da equipe do Sport.

No jogo de sábado às 18h30min, jogando no Independência, o Atlético-MG poupou seus titulares para o jogo contra o São Paulo pela Libertadores e enfrentou o também desfalcado campeão paulista – o sempre forte, histórico e ofensivo Santos Futebol Clube – num jogo em que o resultado mais justo teria sido o empate. Mas o time mineiro venceu por 1 a 0. Já nas quartas pela Libertadores, apesar de ter feito 2 a 1 no São Paulo, o time mineiro não avançou para as semifinais, pois tinha perdido por 1 a 0 no Morumbi na primeira partida (e no campeonato sul-americano existe o critério de desempate por gols fora).

O São Paulo, por sua vez, comemora sua classificação no principal campeonato de futebol das américas, aguardando o vencedor do confronto Atlético Nacional (COL) e Rosário Central (ARG) comemorando também a vitória no fim de semana passado contra o Botafogo, no Rio.

Há quem aposte no Internacional de Porto Alegre para o título, mas o time gaúcho não saiu do empate com a Chapecoense jogando em casa – no maravilhoso Beira-Rio.

Sobre os times paranaenses, além da derrota vergonhosa do Atlético, o Paraná Clube e o Londrina também perderam na Série B, enquanto o Coritiba estreou com vitória sobre o Cruzeiro, em Curitiba, na série A.

Esse é o panorama do futebol brasileiro atualmente, com um futebol nivelado por baixo, os centros econômicos determinando os times mais fortes, a CBF afundada em corrupção, os times paranaenses sofrendo para se colocar no cenário nacional, e o torcedor, como sempre, sofrendo, como nunca!

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