Palestras sobre nutrição vegana e crise de percepção e veganismo marcam o II Encontro Vegetariano da UFFS

Questões ambientais acentuadas pela produção agropecuária e de alimentos para animais, manifestadas no que motiva as queimadas na Amazônia, erosão, poluição das águas, dentre outros danos, foram destacados pelo presidente da Sociedade Vegetariana Brasileira, como fatores que justificam uma mudança de dieta alimentar sem produtos de origem animal.

O II Encontro Vegetariano da UFFS aconteceu nesta terça-feira (29), na UFFS Laranjeiras do Sul, com as palestras Nutrição Vegetariana, pela nutricionista Marina Schneppendahl e Crise de Percepção e veganismo, pelo presidente da Sociedade Vegetariana Brasileira (SBV), Ricardo Laurino. O evento contou com grande participação da comunidade acadêmica.

A iniciativa em promover o debate sobre uma opção de dieta alimentar vegana é de um grupo de vegetarianos, dentre eles o professor Miguel Carvalho, cujo objetivo é esclarecer ao público quanto à suficiência nutricional da alimentação vegana, assim como as contribuições ambientais e de consciência sobre a exploração dos animais, o que por questões de habito e cultura, vão sendo assimilados gradativamente, conforme observou Ricardo Laurino.

“Tem poucos veganos ainda em Laranjeiras. Mas está aumentando muito o interesse pelo assunto. O evento foi um sucesso de público. Pretendemos continuar no ano que vem.” Disse o professor Miguel Carvalho, acrescentando acreditar que a Uffs está incentivando essa discussão, pois os veganos que se encontram em Laranjeiras do Sul, todos tem vínculo com a universidade.

As palestras discorreram sobre a eficiência nutricional da dieta vegana,  reforçada pela nutricionista Mariana, como sendo supridas em todos os campos, seguida pelo presidente da SBV, que elencou e desconstruiu uma série de justificativa daqueles que demonstram resistência à mudança de hábitos, o que de acordo com ele precisam ser questionados, dentre elas a Cultura e o fato do ser humano ser onívoro.

“Quanto à herança cultural, é fato que estamos inseridos nela. Mas é preciso avaliar questões que envolvem outros seres e que o fato de terem capacidades diferentes das nossas, não significa que devam ser submetidos à crueldade”, ressaltou Laurino, destacando ainda que o fato de sermos onívoro significa que “também podemos comer carne e não que devemos necessariamente comê-la. Ou seja, se consideramos a evolução biológica que nos caracteriza como espécie, ser onívoro significa termos a capacidade de escolha, capacidade esta da mudança que mantém a cultura da cultura.” Ressaltou, Ricardo Laurino.

Durante o espaço para perguntas, a nutricionista e  Profa. da UFFS, Rozane Márcia Triches, mediadora dos debates, questionou sobre a afirmação de que a cultura pode ser superada, pois de acordo com ela, em algumas situações e locais não há como optar por outras dietas. Laurino concordou que há peculiaridades, mas que isto significa que para acontecer uma mudança, pode demorar mais tempo, e não que seja definitivamente impossível.

Confira imagens de alguns pratos veganos servidos ao público durante o evento, com descrição dos ingredientes para fazê-los:

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