Pré-candidatura posta em tempo de levar lenços para os descontentes e preteridos

Há quem conteste ou se sinta preterido e como despeito, diz: “Só faltou Beto Richa e Rossoni na foto”, “Eles se merecem”, “Nereu mandou fazer pesquisa para convencer o ludibriados de que o PMDB era inviável”, dentre outras conjecturas.

Fato é que na tarde desta quinta-feira (14), conforme era de interesse do ex-prefeito Berto Silva, o personalíssimo PMDB, que em Laranjeiras é de Nereu Moura, confirmou aliança, tendo a vice-candidatura de Valdemir Scarpari como garantia, pelo pré-candidato Berto.

É ruim para o Berto e seu grupo? Claro que não, muito pelo contrário. Mesmo sendo o PMDB, um partido com inúmeros defeitos, sendo o pior deles, se acomodar onde sente cheiro de oportunidade (a lá chupim), Berto tira uma concorrência do páreo e se fortalece perante todo o cenário, que já vinha se mostrando insípido.

É ruim para o grupo do PMDB? Para esse grupo, mesmo que venha a ter êxito na próxima eleição, será péssimo. Embora na na ansiedade da “paixão pelo poder”, não admitam. Considerando que o eleitor de cidades interioranas como Laranjeiras do Sul, vota no personagem que reforça sua liderança, e não no partido em si, o grupo do PMDB vai sendo minado, esfacelado, uma vez que muitas são as manifestações de descontentamento, principalmente pela imposição da aliança, advinda dos pmedebistas veteranos, que foram atuantes na hora da “sedução” para que novos membros aderissem à sigla, com o discurso central de que teriam candidatura própria, e da mesma forma, agiram na costura com Berto.

Não é a primeira vez que o PMDB de Laranjeiras faz o papel de “Kamikaze”. Se esfacela em nome de poder a vista, e assim que se depara com o desencanto dos aliados, pousa de traído, vide o comportamento do próprio Nereu Moura, em relação a Beto Richa, hoje.

A verdade é que não fosse a frouxidão da oposição, que argumenta motivos inaceitáveis para um grupo que se diz de esquerda, Berto poderia estar dando um grande tiro no pé. Mas “puta velha” da política como é, sabe que os dissidentes se comportarão apenas como “resto”, e não darão tudo de si para compor uma força capaz de o enfrentar, a ponto de derrotá-lo.

Dito isto, apenas para concluir, que não adianta contestar, lamentar, nem botar todo o tipo de defeito no adversário, quando não se faz frente política de fato, e o enfrenta em campanha, com proposta, inovação e acima de tudo, com disposição para entrar numa concorrência sem medo de vencer ou perder. Mas jogando com a verdade, com o propósito prioritário de fazer uma justa disputa.

Por enquanto, Berto e seu grupo reinam absoluta e unilateralmente na tão contemporânea “Capital do Território do Iguaçu”.

 

 

 

 

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