A empresa Sartori e Silva Construções Ltda, de responsabilidade do Engenheiro Leoni Luiz Meletti (Tilim), ex-secretário de obras na gestão de Berto Silva, é a responsável pelo projeto – cujo engenheiro designado é Antônio Airton Matos da Silva (ex-vereador Toni Matos) – que mesmo recebendo um ano e meio de prorrogação, não o apresentou adequadamente conforme critérios da Caixa Econômica Federal.

Prefeita de Porto Barrreiro e presidente da Assiscop, atribui responsabilidade pela perda de recurso para a saúde, à empresa de engenharia.
Prefeita de Porto Barrreiro e presidente da Assiscop, atribui responsabilidade pela perda de recurso para a saúde, à empresa de engenharia.

A prefeita de Porto Barreiro, Marines Crotti (PSDB), que atualmente preside a  Assiscop -Associação Intermunicipal de Saúde do Centro Oeste do Paraná, com sede em Laranjeiras do Sul, esteve reunida com representantes dos demais municípios consorciados, na tarde desta quinta-feira (25), para esclarecer a perda de um volumoso recurso para a construção da sede da entidade. Marinez sinalizou para o ingresso  de um processo judicial coletivo dos municípios parceiros, contra quem aponta como absolutamente responsável pela perda dos R$ 2 milhões, referentes a uma emenda parlamentar da Senadora Gleisi Hoffmann, dinheiro que já estava liberado, mas foi suspenso por falhas no projeto de engenharia, que inicialmente era para um terreno e como foi direcionado para outra área, dependia de ser refeito conforme os critérios da Caixa Econômica Federal. “O advogado da Assicop, Jaime Javorski, disse que assumiu o departamento jurídico, na atual gestão, e portanto não tinha conhecimento dos tramites do processo. Que só ficou sabendo quando a prefeita começou a ficar preocupada com o prazo, mas que ainda não havia lido os documentos.

 

Ausência dos prefeitos interessados

Reunião na Assiscop, com representantes dos municípios consorciados.
Reunião na Assiscop, com representantes dos municípios consorciados.

Os prefeitos dos municípios de: Virmond (cuja prefeita Lenita, presidia a Assiscop, quando o recurso foi aprovado) , Nova Laranjeiras, Porto Barreiro, Marquinho e Rio Bonito do Iguaçu, assim como de Laranjeiras do Sul e Porto Barreiro, participaram da primeira reunião sobre o caso, realizada na última segunda-feira (23). No entanto, nesta data em que ficou acordado que a presidente apontaria precisamente, o ponto falho, assim como decidiriam juntos sobre o ingresso de processo judicial contra o responsável, não compareceram, enviando apenas seus secretários de saúde, sendo que apenas a prefeita de Laranjeiras do Sul, formalizou que o secretário Fabiano Popia, a representaria no referido caso. Os demais vieram para participar de uma reunião sobre assuntos rotineiros, na relação com a entidade, muitos alheios no que se referia à perda do recurso.

Diante da ausência dos executivos de quatro dos seis municípios parceiros, Marinez Crotti optou por convoca-los, em data que seja de consenso, na próxima semana, para que juntos tomem a decisão jurídica cabível. “Como o consórcio é um instrumento coletivo de gestão em saúde, não me sinto no direito de decidir por conta própria. Mas já ficou manifestado o desejo de uma ação judicial que responsabilize quem não cumpriu com o compromisso, e deve ser esse o nosso encaminhamento”, disse.

O engenheiro queria mais tempo hábil dentro do prazo já prorrogado

A presidente disse ainda que não aceita o argumento de que foi falta de habilidade política, uma vez que essa parte estava totalmente solucionada, e que a liberação do recurso só dependia de questões técnicas. Questionada sobre o acompanhamento que caberia a ela fazer, junto ao responsável pela engenharia, principalmente quando começou a se aproximar o fim do prazo, ela diz que fez toda a pressão possível. “Tanto cobrei verbalmente, como notifiquei via este documento (mostra protocolo assinado pelo engenheiro), um mês e dez dias, antes do término do prazo”, ressalta Marinez. Ela apresentou ainda, documentos que comprovam uma viagem sua, na sequência, acompanhada do engenheiro Toni Matos, até a Gerencia Executiva de Governo (Gigov), junto a agência da Caixa Econômica, em Cascavel, para conferir os entraves do projeto. Disse ainda que começou a ficar ainda mais preocupada a partir dessa ocasião, em 26 de novembro de 2015, pois um dos responsáveis desse departamento na Caixa, que é engenheiro, teve uma conversa clara com Matos, em sua presença. “Ele disse ao engenheiro Toni, que ele tinha 27 dias para adequar o projeto e reapresentá-lo. O Toni respondeu que o prazo era insuficiente. Foi quando esse engenheiro da Caixa, um senhor de aproximadamente 70 anos, disse: Agora vou falar contigo de engenheiro para engenheiro. Você precisa de quatro dias para adequar esse projeto, e você tem 27 dias.”, relatou a prefeita, reforçando que não buscou ajuda política pelo fato de se tratar exclusivamente de critérios técnicos.

Mais cedo, na mesma data, em entrevista a uma rádio local, o engenheiro Toni Matos se defendeu alegando complicações no projeto, em função da mudança do terreno, que mesmo a Assiscop não tendo pago integralmente pelo serviço, avia sido retomado, mas que faltou habilidade política da gestora, para que considerando a troca do terreno, ganhasse mais prazo para adequação do projeto. A presidente Marinez Crotti, não quis informar o valor que a entidade pagou pelo projeto, cujo valor total é de R$ 74.990.

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