Após o lançamento da coletânea Escreve Quedas, o responsável pelo projeto, escritor e compositor que se experimenta em várias expressões, além de ativista cultural, Solivan Brugnara, anuncia o pleito de apoios para o Compõe Quedas, que quer emplacar em 2018, desta vez para revelar artistas compositores.

Por meio do projeto Escreve Quedas, idealizado pelo escritor quedense, Solivan Brugnara, apoiado pela Engie Brasil, nove livros, envolvendo 15 escritores, foram lançados nesta sexta-feira (29), em Quedas do Iguaçu.  A iniciativa oportunizou que escritores locais tivessem seu livros publicados, custeados pela Lei de Incentivo à Cultura.
O Público prestigiou e os autores das obras individuais: Enrico Parizotto, Lucas Tuminski, Floriano Perscel, Hellyn Rovena, Cristiane Scherpinski, Leandro Asquidamini, Maria Lúcia Blaca, Elizeu Camargo (em memória), assim como os autores de capítulos do 9º livro, que estrearam em noite de autógrafos no Centro Cultural de Quedas do Iguaçu.

Durante o ato de Lançamento da coletânea de livros, o público acompanhou presentações musicais com as bandas Los Hombres De Aluvión, Netos de Maria,  e a reapresentação do filme A Dor é colorida, de Solivan Brugnara.

Um dos autores que publicaram pelo projeto, Floriano Perscel, 68, conta que começou escrever aos 50 anos, numa noite de lua cheia, quando estava na praia para se curar de uma depressão. “Como sou filho único, fui acometido de uma depressão quando perdi meus pais. Até que num dia de maio de 2003, fazia uma lua bonita, e eu fui para a beira da praia na intenção de prestar uma homenagem à  minha mãe. Resolvi fazer por escrito para jogar ao mara dentro de uma garrafa. E essa foi minha primeira poesia. De lá para cá, não parei mais de escrever e agora tive a oportunidade de publicar. Estou muito feliz pela descoberta da poesia e pelo livro”, declara seu Floriano, que se diz curado pela poesia.

Enrico Parizotto, 30, conta que começou a escrever há 15 anos. “Eu já escrevia músicas, mas quando tive contato com o Solivan, passei a me inspirar nele e tenho gostado de escrever poesia”, relata Enrico que escreve, toca em bares e como a maioria dos artistas, atua também em outras atividades como gastronomia e construção civil.

Já, a professora de Letra/Inglês, Maria Lúcia Blaca, conta que até assumir o magistério, escrevia apenas para desabafar e muitos textos jogou fora por vergonha de mostrar. Ao começar a lecionar, a partir da atuação em sala com os alunos, passou a colecionar os textos. “Daí quando surgiu esse projeto, resolvi participar e está sendo muito importante”, comenta.

O responsável pelo projeto, Solivan Brugnara, conta que o objetivo da iniciativa foi oportunizar àqueles escritores que nunca haviam publicado, a sentirem como ele que já está no 4º livro, a alegria de publicar, lançar a obra e autografar para os amigos. “Eu via vários amigos produzindo textos e não podendo publicar. Falta uma cultura de mecenato, que é uma forma de dar uma publicidade tão bacana à marca do patrocinador, seja pela Lei de incentivo ou por uma iniciativa do poder público mesmo, em captar para projetos como este. A base cultural é a escrita literária, a música e o teatro. Não podemos confundir isso com shows trazidos de fora ou com as iniciativas culturais que acontecem dentro da proposta pedagógica das escolas, porque é diferente”, destaca Solivan.

O próximo projeto a ser desenvolvido já está planejado, de acordo com Solivan, e a comunidade aguarda o momento para se inscrever e participar. Será o Compõe Quedas, que agora vai priorizar os compositores musicais.

Parceria com Laranjeiras do Sul

O artista e escritor Solivan Brugnara, lança no dia 02 de março, em Laranjeiras do Sul, seu livro Delírios, que traz em anexo um CD com músicas autorais dele, e o DVD de seu curta metragem A dor é Colorida. A obra completa será apresentada ao publico, com entrada franca, em princípio no Cine Teatro Iguaçu, em parceria com a prefeitura.
Três kits da coleção completa dos livros escritos pelo projeto Escreve Quedas, serão doados para Laranjeiras do Sul. Um para a Biblioteca Municipal, um para o Centro da Juventude e outro para o TULS – Teatro Unificado de Laranjeiras do Sul.
A intenção de agentes culturais de Laranjeiras do Sul, é de que uma versão do projeto seja desenvolvida junto à rede pública de ensino no município, possibilitando que escritores laranjeirenses, hoje anônimos, também tenham suas obras publicadas.

Confira fotos do evento: