Que a prefeitura de Laranjeiras se inspire também na parte cultural de Dois Vizinhos, e não só na cobrança de estacionamento

Vergonhosamente, os esforços do executivo de Laranjeiras do Sul,  que deveriam ser no sentido de fomentar as iniciativas culturais, têm sido contrários.

Numa conversa ocasional com o vereador Ivaldonir Panatto, na Câmara Municipal de Laranjeiras do Sul, este que é proponente do PL que estabelece a cobrança de estacionamento nas ruas centrais de Laranjeiras do Sul, dava como referência o município de Dois Vizinhos, que segundo ele, vem arrecadando e atendendo a necessidade de regulamentar o estacionamento. O vereador encontra respaldo no executivo que mesmo não tomando para si o desgaste, já o ancora, tendo o secretário de Obras e Urbanismo, Tilim, como seu aliado no pleito.

Importante ressaltar que seria do agrado e interesse dos laranjeirenses que os vereadores e executivo se inspirassem em outros municípios, também no quesito benefícios reais à população, a exemplo de iniciativas culturais. É possível que venham nos dizer que  depois que a cobrança de estacionamento, for implementada sobre dinheiro para a cultura. O argumento vago do “engodo” sempre se apresentado. A cobrança de estacionamento em Dois Vizinhos acontece a menos de dois anos. Já o Festival Nacional de Teatro, esta na 6a edição.

Em Laranjeiras do Sul, o entendimento do poder público em relação à cultura é colocado tão em último plano, que até agora o prefeito não nomeou o diretor de Cultura (que deve ser apenas um interlocutor) uma vez que, quando mesmo falando com a secretária Eliza, somos informados que é o prefeito que decide, ou seja,  tomadas decisão são centralizadas no perfeito ou esse é o argumento quando não se entende algo como prioridade? Uma vez que marcar uma agenda com o prefeito é algo cada dia mais difícil.

A cultura em Laranjeiras do Sul, é tão desmerecida que até hoje, mesmo o conselho de cultura tendo solicitado e pedido o apoio dos vereadores, nuca foi recebido pelo prefeito, que participou do debate pré-eleitoral organizado pelo órgão e assinou o documento se comprometendo com as demandas.

Negação do recurso público destinado  pela iniciativa privada ao Teatro

Até mesmo o repasse do Recurso de R$ 30 mil, destinado pela Engie Energia para a primeira etapa de formação do TULS – Teatro Unificado de Laranjeiras do Sul, e realização da peça Atônio Meu Santo, que aconteceu em 2016, vista e bem avaliada pela comunidade, o executivo se nega a fazer.

Como o grupo de teatro ainda não estava formalizado, foi amparado pela APMF do Colégio Gildo Aluísio Schuck para receber o aporte, via fundo da Infância e Adolescência, pois mantem adolescentes desde a primeira turma e oferta oficina em 4 Colégios Estaduais. O prefeito pediu para um advogado de Curitiba dar encaminhamento para o tal repasse. Este pediu para que fossem emitidas notas fiscais pelos fornecedores que anteciparam o fornecimento de cenário para a referida Peça, alimentação prevista no projeto (100% aprovado e legal), assim como o pagamento do professor de Teatro Sergius Ramos, cujo maior montante foi provisionado pela Engie, e que  prestou exímio trabalho durante o ano de 2016, encerrando com a direção e apresentação da Peça Antônio Meu Santo, em Laranjeiras do Sul e Curitiba.

O recurso foi depositado dia 21 de dezembro de 2016 (e como o projeto estava executado e empenhado, poderia ter sido repassado pela prefeita Sirlene para os referidos pagamentos, não fosse o amadorismo, em especial da ex-comissionada Raquel Passarin que não mediu esforços para prejudicar o repasse) pela Egie na conta do Fundo da Infância e Adolescência, cuja pré-aprovação do projeto apresentado à Engie é aferida por seus pares e totalmente deliberado, mas na hora do repasse, se omite de qualquer deliberação, deixando apenas na vontade política do prefeito da vez. As manifestações do FIA, cessam a partir do momento que o dinheiro entra na conta. Uma instituição sem voz ativa, sem posicionamento em defesa de um projeto pre-aproado por ela.

O encaminhamento do advogado indicado pelo prefeito foi montar uma espécie de dossiê, contendo declarações de pessoa da comunidade, de que o projeto aconteceu (como se não houvesse um projeto pré-aprovado por todos os pares, aprovado pelo financiador e inclusive pela câmara de vereadores”. Após esse inominável encaminhamento, o grupo de teatro e a APMF do Colégio Gildo foram informados de que seria feita uma consulta ao Tribunal de Contas, para só então, se fazer o devido repasse. Foram mais três meses de espera para que, questionado pelos expectadores, o advogado informasse que o Tribunal de Contas lhe respondeu que não é órgão consultivo. De acordo com ele, agora o pagamento depende exclusivamente da vontade do prefeito Berto Silva.

Os credores: professor de teatro, fabricante do cenário e alimentos,  a pedido do advogado que passou pelo processo, a pedido do prefeito,  emitiram Notas Fiscais com os respectivos valores e discriminação dos serviços, à APMF, como deve ser. Estes se encontram no aguardo do recebimento e a APMF com um sério problema, pois se não fechar seus pagamentos até o final do ano, fica inadimplente e impedida de receber os repasses de recurso relativos a projetos que o Col. é beneficiário, a exemplo dos repasses do Estado.

A Engie oferece o poio de seu jurídico para que os advogados da prefeitura saibam como fazer o repasse sem nenhum problema, pois pelo visto, têm dificuldades de entendimento da legislação cultural, o que é compreensível. Mas estes não demonstram interesse.

Projeto prejudicado pela prefeitura que deveria ser o principal apoiador

A peça Antônio Meu Santo, que teve adaptação de texto e direção do professor Sergius Ramos, foi impedida por ele de ser apresentada, enquanto não receber o devido pagamento por seu trabalho aprovado no projeto e realizado. Enquanto isso, os atores muito desestimulados seguem ensaiando outras peças e buscando formação e dando oficinas voluntariamente no Col. estaduais. O cenário da peça, cujo fabricante aguarda pagamento, está armazenado inadequadamente num espaço cedido pelo Col. Laranjeiras, uma vez que é negado o acesso do grupo de teatro, pelo prefeito Berto Silva, ao espaço térreo do Cine Teatro Iguaçu, assim como está sendo negado para o Conselho Municipal de Cultura, mesmo sendo este sua sede oficial, aprovada pelos vereadores.

Apesar dos entraves, o grupo de teatro e movimento cultural amparado pelo Conselho Municipal de Cultura, organizam a I Mostra de Teatro de Laranjeiras do Sul, prevista para final de outubro, para a qual tenta-se uma agenda com o prefeito Berto Silva.

Socorro, prefeito Berto Silva, vamos mudar essa história!!!

 

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