Após a morte da garotinha Naiane Sutil, de 7 anos, o dilema dos moradores, que após o asfalto, que esperavam para saírem da lama e poeira, agora se preocupam com a segurança, principalmente das crianças e idosos, em função da alta velocidade que os carros passaram a circular, nas vias íngremes sem calçada, lombada ou sinalização eletrônica.

Uma manifestação de protesto pela morte da menina Naiane Sutil, de 7 anos, ocorrida no último dia 21 de outubro, pedindo urgência na instalação de medidas de segurança para conter acidentes no Bairro Sto Antônio de Pádua, em Laranjeiras do Sul, está marcada para o próximo

sábado, no centro da cidade.

A geografia íngreme do , associada à cultura de velocidade dos motoristas e a falta de sinalização e calçada, tem tirado a paz dos moradores, embora sejam gratos ao prefeito por terem saído da lama e da poeira, como eles dizem.

 

De acordo com Sirlei Aparecida Padilha, liderança comunitária do Bairro, a alta velocidade dos carros que já causou alguns acidentes, culminou com a morte da menina Naiane, e pedem ao poder público, providências urgentes. “Nós ficamos muito feliz com a chegada do asfalto. Mas já comentávamos com o prefeito que junto com isso, tinha que colocar imediatamente as lombadas. Estamos em luto pela perda de uma criança. Morte esta causada por um motorista bêbado. Mas sabemos que outros acidentes podem acontecer, principalmente porque não temos espaços apropriados para as crinas brincarem e acabam se expondo muito na rua”, diz Srlei.

O secretário de Obras e Urbanismo, Leoni Luiz Meletti, disse que ainda não há nenhum encaminhamento para colocar lombadas nas ruas do Bairro. “Ainda não temos nenhuma solicitação feita. A empresa ainda não concluiu as obras. Faltam as calçadas, sinalização horizontal e vertical. Depois da obra feita, se houver solicitação essa será encaminhada ao Comutran para análise técnica e providências.” Respondeu o secretário.

Acompanhada de duas vizinhas, a avó da garotinha Naiane, dona Terezinha Santina Soares, mostra o local do acidente e reforça a necessidade de providencias, para evitar novas fatalidades. “Estamos num estado de muita dor. Agora quando eles forem lá em casa, não receberei mais minha neta que era tão amorosa”, diz a avó, que mora em São Jorge do Oeste e passa uns dias em Laranjeiras para apoiar a família.

Outra preocupação dos moradores é que a escola construída, inaugurada e mantida de portas fechadas, desde de 2016, comece a funcionar. E que inclusive nesse sentido, há que se garantir segurança nas ruas asfaltadas, que favorecem as altas velocidades e limitam a circulação dos pedestres, sobretudo enquanto as caladas não estão prontas.

Em relação ao funcionamento da Escola, a expectativa é de que, com o novo concurso, cujo edital se aguarda a publicação, viabilize sua funcionalidade e função.