Somos todos Chapecoense

Diego Mendonça.Diego Mendonça Domingues é Engenheiro civil, formado pela Universidade Federal do Paraná. Pós-graduado em administração tributária e integrante do levante popular da juventude e publica sua coluna todas terças-feiras, no Portal Comcafé.

O esporte, de modo geral, e o futebol, em particular, tem a capacidade de reverberar os sentimentos mais sinceros no íntimo de cada ser.

A Chapecoense vinha causando alegria não apenas nos seus torcedores, mas também a todos os amantes do futebol. Um time simpático, uma equipe sem grandes estrelas e que unia a capacidade de superação com a luta diária pelo melhor condicionamento físico, técnico e tático.

Existem times que entram para a história. Existem atletas que entram para a história. Mas esse time é diferente. Esses atletas são especiais. O time de Chapecó não entra para a história apenas como uma equipe que brilhou com poucas condições financeiras, nem apenas como uma equipe de vencedores da luta diária, muito menos devido à queda do avião. Esse time entra para a história como sendo o nosso time.

A Chapecoense é o nosso time. Somos torcedores do Santos, do Paraná Clube, do Corinthians ou do Flamengo. Mas, mais do que nunca, somos torcedores da Chapecoense de Santa Catarina.

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Ontem (29/11) a maioria da primeira turma do STF entendeu que praticar o aborto durante os três primeiros meses de gestação não é crime.

A temática, de grande importância para homens mas especialmente para as mulheres – as quais carregam em seu ventre um novo ser, gera grandes conflitos éticos e morais.

É essencial que o tratamento dado pelo Estado ao assunto seja pragmático. Evitar mais de uma vida corrompida pelos preceitos sociais e econômicos é primordial, e talvez um aborto assistido seja necessário, muitas vezes, para isso.

Entretanto, nunca esquecer as condições estruturais que levam a sociedade a abortar seus filhos.

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Finalmente, não se pode deixar de mencionar a PEC do Fim do Mundo. A 55 corre como água no Congresso, e, aparentemente, não haverá como impedir sua aprovação.

Em paralelo, na Câmara dos Deputados, os ungidos tentam se abster de suas culpas aprovando medidas anticorrupção que servem mais para se blindarem dos mal feitos já feitos.

A imagem que eles passam à população é a pior possível. Num momento de tentar acreditar na política para transformá-la o que mais se cristaliza é o ceticismo com relação à ela.

Mais pêsames.

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