Violência contra a mulher tem significado reduzido pela PM

Quando a violência contra a mulher, que lesa muito mais que corpo, fere a honra, a dignidade, e inúmeros outros direitos, é confundida apenas como lesão corporal, se banaliza essa violência.

1º item do boletim da PM, do dia 25/11.
1º item do boletim da PM, do dia 25/11.

Todos os dias, a exemplo do boletim desta quarta-feira (25), a imprensa recebe um relatório da Polícia Militar de Laranjeiras do Sul e região, informando sobre as ocorrências das últimas 24 horas, o que é de grande importância e deve continuar acontecendo.

O texto “sofrível”, com jargões impregnados de preconceitos como “a Sra. XXX, relatou que foi agredida por seu ‘amásio'”, não incomoda mais tanto (a gente adivinha, pelo contexto) , considerando a importância que se dá a Segurança Pública, no Paraná. Já, a banalização de termos viciosos, que enquadram qualquer tipo de crime no mesmo patamar, isto sim.

Como mensurar as elevadas ocorrências de violência contra a

Imagem ilustrativa - Lesão corporal?
Imagem ilustrativa – Lesão corporal?

mulher na região, quando nos boletins são registrados como “lesão corporal”? Muito importante ainda, a orientação que a vítima em questão deve ter recebido, quando nada se sabe sobre a agressão, nem sobre o agressor.

Recentemente, foi apresentado na Câmara Municipal de Laranjeiras do Sul, um projeto no qual, em parceria com a Saúde, uma equipe faria um acompanhamento efetivo, a todos os casos que caracterizassem violência contra a mulher. Pelo que disse a soldada Vivian Oro, que seria a responsável pelo projeto, junto a PM, tipificações como essa, não eram mais para estarem acontecendo.

É preciso que a violência contra a mulher, assim como todos os tipos de violência sejam denominados como tal. Isto implica em legitimar solicitação de recursos ao governo federal, para ações de combate. A Violência de gênero não pode mais ser tolerada, mascarada, naturalizada!

 

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