A frente apenas do Equador, Bolívia e Zimbábue na lista de 75 países, o Brasil apresenta baixa produtividade per capita, produzindo em média, perto de $ 20 por trabalhador/ano.

João Carlos Motti, durante palestra motivacional na ACILS, para engenheiros e trabalhadores da construção civil.
João Carlos Motti, durante palestra motivacional na ACILS, para engenheiros e trabalhadores da construção civil.

A afirmação é do Engenheiro Mecânico, João Carlos Motti, que proferiu palestra para engenheiros e trabalhadores na construção civil, na noite desta terça-feira (29), na Associação Comercial de Laranjeiras do Sul (ACILS), a convite da Associação dos Engenheiros do Paraná, que tem como presidente o laranjeirense Gerson Boldrini.

Nos Estado Unidos, a produção média de cada trabalhador é de $ 106/ano. Curiosamente, a China, de acordo com o Palestrante, tem um desempenho produtivo inferior ao brasileiro, obtendo uma produção menor que $ 17/ano, por chinês.

Importante salientar que Motti não faz relação entre as diferenças, quantidade de produção X salário, entre Estados Unidos e Brasil, uma vez que muitos brasileiros relatam ganhar mais lavando pratos nos EUA do que sendo profissional liberal, no país de origem. No entanto, atribui o que chama de estancamento da indústria brasileira, à essa suposta “baixa produtividade”.

A palestra do Engenheiro que presenteou os participantes com seu livro Insatisfação & Felicidade, foi de cunho motivacional, enfatizando que só os mortos estão satisfeitos. “Quem está plenamente satisfeito, está morto. É a insatisfação que move o mundo, possibilita ao homem querer mais e melhor”, ressalta.

De acordo com o palestrante, o perfil do satisfeito é: acomodado, ausente, apressado, cheio de desculpas, sem vontade e mal-humorado. Já, o insatisfeito, é presente, focado, ativo, disposto, bem-humorado, decidido e ambicioso. Ele reforça ainda que, comemorar as conquistas, é tão importante quanto obtê-las.

Para Motti, a chave do equilíbrio é ser insatisfeito e feliz. “o conceito de qualidade, é tido como a capacidade de se fazer o outro feliz. Quando um rapaz pede a mão da moça em casamento, o responsável por ela quer saber primeiro, se ele tem qualidades que farão essa moça feliz. Isto vale também para os negócios e para as outras situações da vida”, exemplificou o engenheiro.

Outra observação, foi de que as empresas precisam compartilhar o sucesso com os colaboradores. Não apenas no sentido de ficarem sabendo que está indo bem e lucrando, mas no sentido de distribuir renda. “É isso que faz os funcionários felizes, embora insatisfeitos. E funcionários felizes se transformam em verdadeiros leões que brigam pela empresa. Quando felizes e insatisfeitos, querem mais. Resultado para funcionário não é salário. Isto é coisa rotineira e chata. Todo mês é a mesma coisa, ter de administrar aquele dinheiro que sempre é pouco. Resultado é algo a mais. É aquilo que os possibilita investirem em coisas prazerosas, como fazer uma viagem, sair de férias com a família”, enfatiza.

Como saída para a baixa produção, Motti sugere mais ensino e menos Burocracia. Ao falar de seu livro, que está na 5ª edição, observa que o ex-presidente Lula, zerou os impostos sobre livros didáticos, no Brasil, “Isto eu considero um exemplo de acesso ao ensino e desburocratização, que pouca gente sabe”, comenta o escritor.

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