Contra imposições de Beto Richa, App – Laranjeiras ocupa NRE nesta segunda e terça-feira

Os pontos mais reclamados pelos professores, desta vez, são: redução da hora atividade que permite ao professor preparar as aulas, e a punição com impedimento de assumirem aulas complementares/extraordinárias, àqueles que obtiveram licença no ano anterior, por motivo de tratamento de saúde.


Mais uma de tantas manifestações dos professores estaduais, que a população vem acompanhando desde o início do governo de Beto Richa, começou na manhã desta segunda-feira (30), em frente ao Núcleo Regional de Educação (NRE) de Laranjeiras do Sul. A manifestação se estende até amanhã (31) e os professores dizem que o Chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, não tem exitado em massacrá-los.

Os trabalhadores na educação que atuam no NRE de Laranjeiras, já contavam com a presença e possível ocupação do órgão, e não compareceram para trabalhar, uma vez que a APP-Sindicato, divulgou o ato. Desta vez, não houve acesso dos professores ao interior do NRE. Apenas colocaram simbolicamente, cadedos nas portas e se mantêm do lado de fora da entrada principal.

Motivos do protesto

Para o professor Alesando Kominecki da diretoria da APP, além dos desafios que ele e seus colegas se deparam diariamente no ambiente escolar durante o ano letivo,  também têem que sacrificar o recesso para defender a manutenção de direitos historicamente conquistados pela categoria. Dentre eles, o direito a licenças para tratamento de saúde e a lei do 1/3 de hora atividade, esse último que garante o preparo de aulas e melhor atendimento a alunos ou comunidade escolar. “Essa redução de hora atividade deixará aproximadamente 7 mil professores que seriam contratados em regime especial desempregados. Direitos esses que estão sendo ameaçados/supridos sem debate algum pelo governo sem diálogo de Beto Richa. Não vamos aceitar tamanha perseguição e repressão aos professores do Paraná, vamos lutar e resistir sempre”, ressaltou Kominecki que sofreu um acidente no último sábado, quando retornava com mais três colegas, da tentativa de negociação com o governo, em Curitiba. A presidente da APP – Laranjeiras, Rosângela Rodrigues, foi a que mais se atingiu com o acidente e ainda se encontra em repouso domiciliar.

De acordo com os professores, a retirada do direito à licença para tratamento de saúde, atinge até mesmo aquele professor que se tratou de doença grave como câncer, e também serão penalizados. “Sempre evitei atestados médicos. Quando não estava bem de saúde, trabalhava o dia todo e procurava ajuda médica no período da noite. Inclusive já haviam quase 3 meses que estava trabalhando doente, e quando fui ao hospital já corria risco de vida e precisei fazer cirurgia de emergência. Portanto não escolhi adoecer para ser penalizada dessa maneira”, relata a professora Marli Roth, que no segundo semestre de 2016, passou por uma cirurgia delicada.

Os professores destacam que é lamentável Inclusive, que não se leve em consideração o emocional dos/as educadores/as que acabam de passar por um momento delicado.

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