Em Curitiba, 18ª Jornada de Agroecologia levou alimentos livres de venenos, cultura e conscientização para o público

Público de Curitiba demonstra atitude ambiental e social, ao prestigiar a 18ª Jornada de Agroecologia. 

Crehnor e Ceagro no apoio aos produtores agroecológicos de Laranjeiras do Sul e região, que expuseram e comercializaram seus produtos, durante a 18ª Jornada de Agroecologia.
Público prestigia e dialoga com os produtores sobre o modelo agroecológico de produção que preserva o meio ambiente e a agrobiodiversidade.

Durante os quatro dias da 18ª Jornada de Agroecologia,  realizada entre 29 de agosto e 01 de setembro, na Praça Santos Andrade, em Curitiba, registrou-se recorde em números de visitantes, expositores, vendas de produtos, debates sobre o tema e eventos culturais como música, dança e teatro. Também foi construído o Túnel do Tempo,  no pátio da reitoria da UFPR – Universidade Federal do Paraná, com visitação do público ao qual foi apresentado os saberes do campo, representados pela produção agroecológica, dentre outros símbolos. Noutro espaço, na Praça Generoso Marques, aconteceu a exposição de trabalhos acadêmicos e debates teóricos sobre a Agroecologia como Ciência.

O objetivo principal da Jornada de Agroecologia que acontece anualmente, é o diálogo entre o campo e a acidade, por meio da diversidade de produtos, sementes e especies que conservam a agrobiodiversidade brasileira, que é uma das maiores do  mundo.

Produtos agroecológicos, “in natura” comercializados durante o evento.
Produtos agroecológicos da agroindústria, comercializados, durante o evento.

De acordo com o visitante e morador de Curitiba, Dirceu Zanone, adquirir produtos de produção agroecológica, significa evitar gastar com medicamentos e logo, desfruta de uma melhor qualidade de vida. “Mesmo quando pago um pouco mais pelo fato da produção agroecológica ainda não ser ofertada em larga escala, sei que ganho em saúde e qualidade de vida”, destaca.

Já, para a Curitibana Eliza Savieiro, a motivação é a atitude e postura diante daquilo que se sabe que precisa mudar. “Vir aqui, prestigiar os produtores agroecológicos significa acima de tudo, atitude. Não adianta só reflexão, sabemos que estamos diante de um momento político que exige posicionamento e atitude”, completou Eliza.

Visitante Paulo, adquirindo boné e camiseta que simbolizam a distribuição de terras, protagonizadas pelo MST, que luta pela Reforma Agrária.

Assim como produtores de diversos municípios do Paraná, Rio Grande do Sul e Espírito Santo, assentados do MST – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, juntamente com o CEAGRO -Centro de Desenvolvimento Sustentável e Capacitação em Agroecologia da região de Laranjeiras do Sul, Guarapuava e Rio Bonito do Iguaçu, participaram da Jornada de Agroecologia. Apesar da chuva que chegou desde a tarde de sábado, comercializaram todos os produtos que levaram para o evento, e se disseram surpresos com o interesse do púbico em querer saber mais sobre o modelo de produção agroecológica.

Outra registro, foi sobre a procura do público por materiais simbólicos do MST como camisetas, bonés e bandeiras do movimento. O curitibano Paulo Mello, que cursou Administração na UFPR e trabalha como tatuador, disse que além dos produtos, aproveitou para renovar suas camisetas e bonés que já estavam poidas. “Gosto de usar as camisetas e os bonés do MST porque significa a resistência de um povo que luta por seus direitos e nos faz ter orgulho de ser brasileiros”, acrescentou Paulo que disse ter tomado conhecimento sobre o que é o MST, por meio da universidade.

A relação da Agroecologia com o MST no Brasil, é intrínseca, uma vez que os camponeses assentados pela Reforma Agraria, em terras de latifúndios improdutivos ou griladas,é  protagonizada pelo movimento.

Confira mais imagens da 18ª Jornada de Agroecologia:

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