Fantasias e realidade da vida de acampado

Robson Sumenssi é filho e neto de assentados, tem 17 anos, nasceu em acampamento (hoje Assentamento Ireno Alves), é estudante de terceiro ano do ensino médio na Escola Estadual do Campo Iraci Salete Strozak e sonha em cursar jornalismo. Além de falar com a propriedade de um jovem “filho da Reforma Agrária” sobre o tema, sua coluna quinzenal no Portal de Notícias Comcafé, tem a função de experimento em sua área de interesse profissional.

Quando fala-se nos tais “acampamento dos sem terra”, logo algumas pessoas pensam em um local onde todos estão sem trabalhar, apenas se divertindo, como se ali fosse uma colônia de férias, onde também acontecem crimes, barbaridades e coisas que não são de “Deus “.

Mas se levarmos em consideração a realidade dos fatos, logo se nota que isto não passa de equívoco, devido às muitas propagandas difamatórias que já foram feitas. Pois nos acampamentos, todos tem dificuldade para se manter financeiramente, sendo inclusive obrigados a trabalhar fora, por pequenos valores enquanto necessitam de algum tipo de apoio como cesta básica, o que por sinal e a única forma de auxílio do governo, ou ajuda financeira de familiares.

As dificuldades tornam a sobrevivência e permanência nos acampamentos, muito difícil, mesmo com toda a importância de incentivar os acampados e os já assentados a produzirem o seu próprio alimento. O que é feito pela direção onde são distribuídos pequenos lotes para a produção de subsistência, em alguns casos, é o encaminhamento aos futuros lotes, onde contam com mais espaço para a produção de alimentos, mesmo antes das decisões oficiais.

Por isso venho convidá-los a conhecerem os acampamentos e assentamentos. Pois quanto mais tu conhece o MST – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, mais entenderá o ideal que nos move. Claro, que também há falhas dentro desta organização. Mas, antes de condenarmos todo o movimento por isto, devemos lutar para consertá-los e valorizá-lo cada vez mais, pois é por meio dele, que os trabalhadores aos quais a Terra, que é direito de todos é negada, podem vislumbrar alguma melhoria na qualidade de vida de seus familiares.

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