O jornalista Sergio Caporasso é o mais novo colunista de Comcafé, sobre assuntos diversos

Comcafé apresenta Sergio Caporasso: que estreia nesta terça-feira (04), falando sempre de coisas sérias, mas sem prejuízo do humor.

BIOGRAFIA – Nascido de pai pedreiro, José, mãe, Eugenia, (Tia Béia) benzedeira de crianças, quebranto, bichas, analfabeta até os 72 anos de idade, depois letrada, aprendeu coisas que muito o mundo necessita. Uma pitada de arrojo, uma dose bondosa de anarquismo, um saco de sonhos, uma esperança infinita. Sem medo de chuva ou do escuro, foi açoitado pelo vento, e arrepiou-se pelo frio. Calçado, alpargata rodas, agasalho, feito em casa, com cobertor quadriculado, transformou-se em jaqueta. Nas mãos sem luvas, proeminentes calos infantis-juvenis. Bicicleta, condução, lazer sonho de consumo. Sem guidão, com um cabo de vassoura para dar-lhe direção. Um coração de girafa, rápido como a Cheeta, astuto como o gibão. Aprendia com facilidade, admirava inteligência, boa conversa, fluência na arte de seduzir, que segundo sua irmã rendia dinheiro. Aprendeu muito cedo a dançar, por força de ofício de vela, de sua irmã mais velha, especializou-se em ouvir, donzelas já balzaquianas em seus lamentos e lamúrias. Dança bem, fala bem e bonito. Sedutor, mas não belo. Convincente, convencido de seu charme. E muito trabalho. De dia, de noite. Infantil ainda, sonhos de jovem, atitude de homem. Madrugada, desde cedo aprendeu coisas que só acontecem pela madrugada. Entregar jornal nas bancas, com doze anos de idade, carrinho-de-mão, lotado de exemplares, falando de Kennedy. Sonhos em conhecer o católico candidato. Olhar de cobiça, da beleza do clã, com seus Lincon Presidencial, histórias e estórias de romances na Casa Branca, Marilyn Monroe. Escola, Gazeta, trabalho e trabalho. Dois turnos, Diário da Tarde. Fusca 65 teto solar, um charme. Futebol, muita bola e títulos. Coritiba FC, Trieste. Treinador diplomado. Orgulho do pai e da mãe. Filho exemplar, na bola, no trabalho, pouca escola. Casou, Edi, dois filhos, mulher maravilhosa, auxiliar na arte de viver. Mais trabalho, tintas, pintam outros sonhos, construir e construir. Pior que a morte, vai para junto D’Ele, Giordano, o primogênito amado. Surge a descoberta do talento de seu menor, Giuliano. Construir e comprar, economizar e guardar. Segredo de ouro. Dar menos do que tem, guardar o máximo. Tudo aplainado, de volta a Escola, Sete anos para diluir lentamente seu sonho universitário. Louvor máximo, satisfação garantida, mas sem exercer. Saber para saber mais. Outras artes, que o acompanham desde criança, pai tenor do Coral da Catedral, filho do Coral Allegro. Sonhos se realizando gradativamente. Louvores e reconhecimento. Medalha do “Pacificador”, Menção Honrosa 1.º BPE, Título de “Barão de Santa Felicidade”, Trofèu Gralha Azul e Troféu Bola de Ouro. Da dor se faz o sucesso, da educação o saber, da humildade o ápice. Sonhos desde há muito sonhado, hoje realizado. E assim caminha a humanidade, agarrando-se em sonhos que fazem o mundo girar. Olhar para traz e sorrir. Vim, vi e venci. Com a chegada do outono, sabedoria, experiência e muita tarimba. Não no vernáculo, mas no aprendizado de tudo. Cabe muito bem a este relato a música, como fundo musical de uma vida, interpretada pelo Francis Alberto Sinatra MY WAY. Chego aos setenta, e preocupado, procuro descobrir o que me faria bem em um futuro próximo. Talvez por uns trinta anos mais. Assim é Sergio Caporasso, que estreia como colunista de Comcafé, sobre assuntos diversos.

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