Pêsames

Diego Mendonça.Diego Mendonça Domingues é Engenheiro civil, formado pela Universidade Federal do Paraná. Pós-graduado em administração tributária e integrante do levante popular da juventude e publica sua coluna todas terças-feiras, no Portal Comcafé.

A palavra é de luto. E luto é, antes de tristeza, lembrança.

A perda de alguém é um momento de intensa dor e sempre muito difícil de superar. E Laranjeiras do Sul perde a presença física de alguém muito especial. Os desavisados podem inquirir: por quê? Mas o sábio pondera: os justos são tirados para serem poupados do mal.

E que lembrança podemos ter? A de uma leveza sincera e amável. A amabilidade de uma pessoa autêntica que deu o exemplo de algo que tem faltado ao mundo ultimamente: a capacidade de ouvir.

Uma ouvinte linda, que com grande simplicidade e sem realizar esforço – característica apenas de quem está muito evoluído nesta jornada – apaziguava o coração mais atormentado. Repito: a simplicidade de sua alma faz a nossa buscar querer ser cada vez melhor.

Nenhuma palavra é suficiente para nem ao menos tentar chegar aos pés do sopro de vida que a presença dela poderia levar a qualquer ambiente. Uma luz.

Apesar de não ser momento de buscar culpas, não é possível também vilipendiar a cultura assassina de nosso trânsito, balizado em diversos problemas desde infraestrutura, passando por fiscalização até as próprias irresponsabilidades de motoristas etc. Entretanto, o que se quer lembrar aqui é da magia da presença dela, que continua em cada um de nós.

Continua, nas nossas mentes e corações, a sua vida. Continua o seu fôlego no ar que respiramos. A sua beleza continua nos nossos olhos. A sua empatia e simpatia continuará, para sempre, como uma referência para o caminhar de cada um que pôde ter o prazer de lhe conhecer seja em maior ou menor grau, por menor ou maior tempo.

Que a família busque o conforto exatamente na certeza da sua presença cotidiana, independente da fé de cada um, você conviverá eternamente na nossa lembrança. E a lembrança de você é a lembrança da vida.

Amor: esse é o sentimento que você nos deixa a todos os seus amigos. Pude te conhecer brevemente, e em todas, mas em todas as vezes em que te vi você estava graciosamente encantadora – viva, alegre e contagiante.

E é essa quem você é hoje, ontem e amanhã.

A saudade é inevitável, mas o significado dado a ela não precisa ser o de um lamento eterno, mas pode ser, mais que isso, a certeza de um reencontro.

Sabemos que o que você deseja é nossa unidade e força em torno do compartilhamento da paz e esperança. E assim será. Sendo que quando a melancolia bater à nossa porta lembraremos de você conscientes de que nosso caminho continua para honrar sua própria vida como você sempre o fez, com alegria.

Que assim seja.

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