Quando as cozinhas das escolas são mais importantes que as disciplinas

Em diversos colégios ocupados, uma das tática do movimento contrário às manifestações tem sido instigar funcionários para que vão até as unidades e implorem para voltar ao trabalho, principalmente o pessoal das cozinhas.

Aos prantos, uma funcionária de um colégio lamentava, ameaçava registrar BO e levar o caso ao núcleo, pois vira uma tampa de lixeira quebrada, uma panela suja e o chão sem varrer. Ela havia chegado bem cedo, os ocupantes ainda dormiam, mas na boa fé de que a servidora queria apenas fazer uma visita, a deixaram entrar. Logo ela acionou várias pessoas e foi um trabalho para que explicassem à senhora, que o abjetivo pelo qual lutam os jovens estudantes são maiores que uma tampa de lixeira, uma panela por ariar e um chão por varrer.

Noutro colégio a funcionária da cozinha chega e insiste em entrar, alegando que foi apenas buscar os catálogos do Avon, que havia deixado. Solícitos, os alunos permitiram seu acesso e ao verificar o motivo da demora, ouviram que ela resolveu ficar trabalhando porque sente muita falta do seu trabalho. Foi necessário insistirem e até dizerem que se não saíssem teriam que tirá-la dali, para que saísse. Pois falar a ela sobre os motivos que os faziam deixar o conforto de suas casas e manterem-se ali, não eram compreendidos.

Ainda nesta segunda, alunos de um terceiro colégio, relatam que um grupo de funcionários chegou junto, anunciando que estava voltando a trabalhar. “Tratamos com respeito, mas deixamos claro que enquanto estiver ocupado, eles não entram no estabelecimento”, observou uma aluna. Ela disse que enquanto eles insistiam, os alunos entraram e fizeram um cartaz dizendo: “Bem vindos às reposições!”.

Em todos os casos, os alunos contam que explicaram os melefícios da PEC 241 e MP 746, as quais estão combatendo em favor de todos. “Sabemos que muitos já foram beneficiados por medidas que movimentos defenderam, sem que saíssem de suas casas para um único manifesto. É o que está acontecendo agora. Estamos lutando pelo bem de todos. Mas existe aqueles que por não compreenderem ou por algum interesse particular, não se somam a nós e ainda tentam nos intimidar”, completa uma aluna que não quis se identificar.

No último caso, os funcionários chegaram com fotos de um problema internos que os alunos admitem que aconteceu mas que já foi superado, querendo imputar imoralidade aos ocupantes. Caso semelhante, o movimento do contra vem fazendo em páginas do facebook, expondo fotos em que alunas tomam banho de sol, enquanto estão na ocupação, num claro intuito de jogar a opinião pública contra os alunos.

 

 

 

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